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“No Mato Grosso o problema é real, mas um bom manejo garante a redução dos nematoides” afirma pesquisadora

Foto: Reprodução

Devido ao clima tropical do nosso país, os fitonematoides – que são micro-organismos (vermes) parasitas de plantas – encontram condições de temperatura e umidade ideais para se reproduzirem e se alimentarem. Eles são capazes de viver em qualquer ambiente, sendo encontrados no solo, na água e em ambientes úmidos.

De acordo com a Engenheira Agrônoma e especialista em Nematologia, pesquisadora e coordenadora do Laboratório de Nematologia da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde, Maira Fontanela, nas plantas os nematoides prejudicam a absorção de água e nutrientes.

“Há diversos gêneros de fitonematoides que acometem os cultivos agrícolas. Seu parasitismo irá causar danos ao sistema radicular da planta, prejudicando seu desenvolvimento consequentemente afetando a produtividade da cultura. Para evitar ou diminuir os prejuízos é necessário adotar um manejo eficiente associando ferramentas de controle” explica a pesquisadora.

Quanto disseminação, a Maira explica que os nematoides utilizam de vários meios para chegar até as áreas, sendo pela água de irrigação, mudas produzidas em substratos ou solos infectados, máquinas e implementos agrícolas e até mesmo por movimentos de animais e pessoas na área.

“Para evitar os prejuízos, o primeiro passo do plano de manejo é reconhecer o problema, para isso é necessário realizar amostragens na propriedade para enviar a um laboratório especializado que irá identificar e quantificar quais espécies de nematoides estão presentes na área, tornando possível começar as ações de combate” afirma ela.

Maira explica ainda que os nematoides nunca serão erradicados da área, se eles entrarem ou forem naturais do local, sempre serão um problema, mas segundo ela é possível conviver e fazer um manejo adequado para a redução desses nematoides.

“Aqui no Mato Grosso, infelizmente é uma região o qual temos vários nematoides, tanto em espécie quanto em quantidade, é um problema real. Eles não serão exterminados, mas é importante que o produtor saiba como realizar o manejo da área de forma adequada, fazer o monitoramento e assim evitar a proliferação. Com as pesquisas da equipe da Fundação Rio Verde, hoje conseguimos rapidamente identificar qual o tipo de nematoide há na área e quais as ferramentas são eficientes no seu manejo” afirma a pesquisadora.

Fonte: Verbo Press

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