Atlético-MG vence Grêmio com autoridade e mostra “apetite” para lutar por título

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Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Um Atlético-MG competitivo, agressivo e que ainda sonha. Ao deixar a Arena MRV, após sólida vitória por 3 a 0 sobre o Grêmio, o Galo não só colocou a mão na vaga à Libertadores de 2024, como também saiu com moral para entrar sim na briga pelo título do Brasileirão, algo inimaginável há algumas rodadas.

A dificuldade principal é que o Atlético não depende apenas dele. São apenas três pontos do líder Palmeiras, que está empatado em pontos com o Flamengo, rival do Galo na próxima rodada. O Botafogo também está à frente na tabela.

Se vai chegar, é outro assunto. Mas o Galo, em grande recuperação no segundo turno, mostrou que tem “apetite” e futebol para a disputa final. Precisa manter o ritmo. Contra o Grêmio, foi intenso.

A formação escolhida por Felipão, com Edenilson e Igor Gomes, funcionou. O Atlético marcou a saída de bola, fez importantes recuperações de posse. Com isso, colocou o Grêmio “nas cordas” em diversos momentos. Era um roteiro para uma vitória elástica já no primeiro tempo.

Até abrir o placar, o Galo já havia perdido chances com Hulk, Edenílson (na trave) e Igor Gomes, explorando os dois lados do campo. Em lances isolados, o Grêmio levou perigo. Entra em cena Everson, seguro. E, no fim da etapa, a trave, salvadora.

Muitas peças do Atlético merecem destaque. Mas uma delas, para variar, foi a referência do time: Hulk. Ele queria jogo, pedia a bola, corria, tabela, finalizava. O ritmo do Galo passou pelo camisa 7. Os laterais Savaria e Arana também merecem elogios, assim como os zagueiros Lemos e Jemerson. Foi um jogo coletivo em alto nível.

E foi de um dos laterais o gol que abriu caminho para o triunfo. Um golaço. Aos 24 minutos, Arana pegou de primeira, uma pancada. Estufou as redes e fez 1 a 0. Não saiu mais gol porque o goleiro Grando e a trave salvaram o Grêmio.

Na etapa final, um susto (dois, na verdade). Lemos, em cima da linha, e Everson, de novo, evitaram que o susto virasse drama. Para ampliar a conta, Hulk, sempre ele, brilhou. Deu assistência para Zaracho marcar para o Atlético.

O Grêmio abriu o jogo. Foi lá e cá. Lá, o Tricolor parou nos zagueiros alvinegros. Cá, o Galo tinha Hulk. Faltava o gol dele. E saiu aos 12 minutos, para fazer 3 a 0.

No restante da partida, o Atlético se segurou e também buscou o gol. Viu o Grêmio ameaçar, carimbar a trave mais uma vez. Mas já era tarde. O Galo venceu com autoridade, ficou muito perto de assegurar matematicamente a vaga à Libertadores e ainda sonha com algo mais. A cada rodada sonha mais.

Por Rodrigo Fonseca — Belo Horizonte