O ultraliberal Javier Milei derrotou o peronista Sergio Massa no segundo turno das eleições presidenciais da Argentina neste domingo, 19. Um dia após a vitória, nesta segunda-feira, 20, o ex-presidente Jair Bolsonaro conversou com o político por videochamada. O momento da ligação foi compartilhado em suas redes sociais.
Na chamada, da qual também participava Eduardo Bolsonaro, ele cumprimentou o argentino e confirmou sua ida à posse do político em Buenos Aires. A cerimônia está prevista para o dia 10 de dezembro.
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Apoio de Bolsonaro a Milei
Logo após o resultado das eleições argentinas, Jair Bolsonaro, que já havia declarado apoio a Milei, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter): “Que esses bons ventos alcancem os Estados Unidos e o Brasil para que a honestidade, o progresso e a liberdade voltem para todos nós”.
Na última sexta-feira, dia 17, ele discursou em prol de Milei durante evento em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. No momento, também clamou pelo retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
“Vamos varrer essa esquerda nefasta, esse câncer que atrapalha a todas as pessoas de bem no Brasil e no Mundo”, disse Bolsonaro à multidão que o ouvia.
Quem é Javier Millei?
Libertário, Milei surgiu como uma terceira força política, se colocando como um outsider. As palavras fortes contra os políticos e a marca registrada do cabelo desordenado – que lhe rendeu comparações com o ex-premiê britânico Boris Johnson – conquistou um público que se viu representado em seu jeito mais próximo “do povo”.
Antes de chegar à política, Milei foi goleiro do clube de futebol argentino Chacarita Juniors, mas encerrou a carreira no começo dos anos 1990. Nascido no bairro portenho de Palermo, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por polêmicas em família. Ele mesmo reconhece que não se dava bem com a família, apenas com sua irmã, Karina Milei. Ele diz que ela é a pessoa que melhor o conhece e “a grande arquiteta” de seus acontecimentos políticos. Milei disse a diferentes meios de comunicação que, caso se torne presidente, ela desempenhará o papel de primeira-dama.
A ascensão do novo integrante a Casa Rosada começou em 2018 nos principais meios de comunicação argentinos, com a divulgação de seu discurso “liberal libertário”, como costuma chamar. Suas aparições no rádio e na televisão locais geraram polêmica, seja entre seus colegas economistas, jornalistas ou apresentadores.
O grande salto em sua carreira política veio em 2020, quando anunciou sua candidatura à presidência nas eleições de 2023. Esse passo abriu caminho para que seu partido, La Libertad Avanza, conquistasse duas cadeiras na Câmara dos Deputados no ano seguinte, ocupados por ele e por sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte Terra.com.br