Daniel Noboa, milionário, fazendeiro, sommelier e fã de carros e cavalos é o novo presidente Equador

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Noboa, de 35 anos, vai governar durante 18 meses, que é o resto do mandato do ex-presidente Guillermo Lasso.

O empresário Daniel Noboa tomou posse nesta quinta-feira (23) no Congresso do Equador como o novo presidente do Equador. Com 35 anos, ele é a pessoa mais jovem a ocupar o cargo.

A família de Noboa é de produtores de banana. Ele nasceu nos Estados Unidos, é formado em universidades estrangeiras, é sommelier gosta de carros e cavalos, segundo sua assessoria de imprensa. Seu pai tentou tornar-se presidente cinco vezes, mas nunca conseguiu.

Noboa vai governar durante 18 meses, que é o resto do mandato do ex-presidente Guillermo Lasso. Em maio, Lasso dissolveu o Congresso e convocou eleições antecipadas para não ser julgado politicamente por corrupção (o Legislativo era dominado pela oposição).

Além da crise institucional, o país também tem problemas com o aumento da violência das gangues de traficantes. Cerca de 3.600 pessoas foram assassinadas no país neste ano, segundo o Observatório Equatoriano do Crime Organizado.

Noboa deve decretar o estado de exceção, medida que lhe permite utilizar fundos destinados a outras finalidades, suspender alguns direitos dos cidadãos, como a liberdade de circulação, e mobilizar soldados para as ruas.

Ao assumir, ele afirmou que pretende fazer mudanças nas leis do país com novas leis no Congresso.

“Para combater a violência, precisamos combater o desemprego, o país precisa de empregos e, para criá-los, vou pedir à Assembleia reformas urgentes que deve ser tratadas com responsabilidade”, afirmou ele após a posse.

O grupo político do novo presidente – Ação Democrática Nacional (ADN) – tem 17 das 137 cadeiras parlamentares.

Na sexta-feira, Noboa aliou-se ao correísmo (principal força com 51 cadeiras e forte crítico de seu pai) e ao Partido Social Cristão (PSC, 18) de direita para criar uma maioria na hora de designar autoridades como presidente e dois vice-presidentes do Congresso.

Fonte G1