O Brasileirão está aberto. Restando seis rodadas para o final da competição, o título que parecia estar nas mãos do Botafogo começou a escorregar. Sendo assim, Grêmio, Palmeiras, Bragantino, Flamengo e Atlético-MG seguem de olho na taça. Em jogo também estão as seis vagas na Libertadores — quatro para a fase de grupos e duas para a etapa preliminar.
Na Arena, as quatro vitórias seguidas turbinaram as esperanças de o Tricolor erguer a taça do Campeonato Brasileiro pela terceira vez em sua história. Para isso, o clube se apega ao bom retrospecto em casa na competição e individualidades do grupo. Luis Suárez está decidindo os jogos para o time gremista e, quando necessário, Gabriel Grando está participando com intervenções precisas.
No comando, Renato tem encontrado rápidas soluções táticas para resolver partidas, muitas vezes lançando do banco as peças necessárias que estão resolvendo jogos. Uma vitória no confronto direto diante do Fogão, na próxima quinta-feira (9), será determinante para a manutenção deste ânimo.
Confronto direto com o Botafogo
É aquele clássico “jogo de seis pontos”. Com a derrota do Botafogo para o Vasco, a diferença para o Grêmio permanece em três pontos. Neste cenário, uma vitória tricolor na quinta fará o time de Renato Portaluppi empatar em pontos com os cariocas na tabela. Para assumir a liderança, também são necessários tropeços dos demais adversários pelo título. Nas últimas duas vezes em que visitou o Botafogo, o time gremista saiu vitorioso (2019 e 2020).
A vitória sobre o Bahia colocou o Grêmio como o melhor mandante da competição. Em 16 jogos, o clube conquistou 38 pontos em casa — 79% da pontuação total. São 12 vitórias, dois empates e duas derrotas. Quinze destes jogos foram na Arena, enquanto a vitória sobre o Santos, na primeira rodada, foi realizada no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.
Se mantiver o bom retrospecto, o Tricolor tem grandes chances de levar todos os pontos em disputa nos confrontos com Corinthians, Goiás e Vasco, também previstos para a Arena. Serão três vitórias cruciais para a classificação à fase de grupos da Libertadores e determinantes em uma briga por título.
Boas atuações de Gabriel Grando
A maior incógnita do elenco do Grêmio nos últimos três anos foi o goleiro titular, porém este assunto deixou de ser predominante com a sequência de boas atuações de Gabriel Grando.
Neste período, por ali se alternaram Brenno e Adriel, já negociados por outros clubes, e o próprio Grando, que reassumiu a condição de titular no início deste Brasileirão depois de também ter participado do revezamento. Contra o Bahia, o goleiro de 23 anos fez pelo menos duas defesas difíceis.
Os gols e assistência de Suárez
Correspondendo às expectativas traçadas no início da temporada, Luis Suárez tem sido fundamental para a campanha gremista no Brasileirão. De seus pés saíram 11 gols, além de mais 10 passes para os companheiros balançarem as redes. É artilheiro e garçom ao mesmo tempo, resolvendo jogos encrencados em lances de craque. Contra o Bahia, partida em que a equipe criou pouco e ainda correu riscos defensivos, a vitória foi garantida gol um gol do Pistolero.
Renato Portaluppi
Lucas Uebel / Grêmio/Divulgação
Ídolo máximo do clube, Renato tem demonstrado a capacidade de encontrar soluções para problemas do time nesta temporada. Ao longo do ano, o treinador já escalou a equipe em três esquemas diferentes, com jogadores alternando funções conforme a necessidade. A estrela do técnico tem funcionado em substituições, que normalmente surgem de rápidas leituras de jogo do treinador.
Alternativas do banco
Ferreira é uma das alternativas para o segundo tempo
Os nomes chamados do banco têm sido decisivos, como foi o caso de Lucas Besozzi, com passe para o gol de Suárez na última partida. Contra o Coritiba, quem entrou no segundo tempo e garantiu a vitória foi o atacante Ferreira, de altos e baixos durante a temporada. Contra o Flamengo, então, Franco Cristaldo se somou com Nathan Fernandes e André Henrique para construir a virada na Arena.
PEDRO PETRUCCI / ZH
