Eleito presidente neste domingo (19), Javier Milei terá que lidar com uma grave crise econômica na Argentina. O país sofre com um combo de problemas que inclui uma inflação altíssima (mais de 140% em 12 meses), desvalorização da moeda nacional, falta de reservas em dólar, endividamento e aumento da pobreza.
Para resolvê-los, o economista ultraliberal propôs durante a campanha medidas radicais como dolarizar a economia, abrindo mão do peso, e extinguir o Banco Central. No discurso da vitória, não mencionou essas medidas, mas disse que a crise exige medidas drásticas, “sem gradualismos”.
Milei pode ter dificuldade para pôr suas ideias em prática, já que inicialmente não conta com uma base ampla no Congresso argentino.
Os planos de fechar o BC e dolarizar preocupam o mercado, como ficou demonstrado pela forte aversão de investidores ao risco quando Milei foi o mais votado nas primárias, ainda em agosto. Como é feriado nesta segunda (20) na Argentina, os impactos da eleição de Milei só devem ser vistos na terça (21).
Por G1
Credito Imagem : Natacha Pisarenko