PF de Campinas faz operação contra remessa ilegal de dinheiro para o exterior

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As Polícias Federais de Campinas e de São Paulo, em parceria com a Receita Federal, deflagraram na manhã de hoje (22) uma operação para desarticular a atuação de uma quadrilha de operadores financeiros de um bilionário esquema de remessa de dinheiro ilícito ao exterior, realizado em diversas etapas e por diversas pessoas.

Ao todo 21 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seis cidades: Mogi Guaçu, São Paulo, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Barueri e Florianópolis (SC).Em Mogi Guaçu, especificamente, o mandado de busca foi para uma casa de veraneio de um dos alvos da investigação.

O nome da operação significa, em latim, reincidência, em alusão a alguns alvos dessa operação que persistem na prática criminosa, segundo a PF. Um dos alvos pratica essas infrações desde operações anteriores e seria inclusive beneficiário de delação premiada.

O esquema


De acordo com a operação, operadores financeiros circularam mais de R$ 4 bilhões em dezenas de contas bancárias de diversas empresas de fachada. Esses valores eram depositados nessas contas, e, então, pulverizados em outras contas para dificultar o rastreamento contábil. Depois isso eram mandados para o exterior por meio da compra de criptomoedas ou de operações de câmbio ilegais.

Mas, da onde vinham os valores que alimentava essas contas? Da revenda de mercadoria estrangeira, suspeita de ter sido extraviada. Investigações apontam também relação dos operadores com o comércio popular de São Paulo. Além disso, há indícios de que eles ajudassem a lavar dinheiro do tráfico de drogas.

Importações fictícias também foram feitas para que o grupo conseguisse formalizar contratos de câmbio com instituições autorizadas. Entre esses itens importados, encontram-se kits Covid-19 destinado a prefeituras. Suspeita-se, ainda, que os valores de venda desses itens tenham sido superfaturados.  

Força-tarefa

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal em Campinas em conjunto com a Receita Federal em São Paulo, por meio da equipe de combate a fraudes fiscais da Delegacia de Fiscalização (Defis) e da Delegacia de Fiscalização de Comércio Exterior (Decex) da Receita Federal.

Fonte https://www.acidadeon.com/