São Paulo – Sindicatos de professores da rede estadual paulista e de trabalhadores do Metrô, da CPTM da Fundação Casa e da Sabesp marcaram uma greve geral do funcionalismo público em São Paulo a partir da zero hora da próxima terça-feira (28/11).
O ato nas escolas, no transporte público, em unidades que recebem jovens infratores e no abastecimento de água e esgoto foi marcado em protesto às propostas de privatizações defendidas pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) e contra os cortes no orçamento estadual da Educação.
Uma nova assembleia, às 16h de segunda-feira (27/11), véspera da paralisação, deve ser realizada pelas categorias, na frente da Câmara de Vereadores da capital paulista, para bater o martelo sobre a greve.
Com impactos nas aulas e no transporte público, a paralisação está prevista para a mesma data do primeiro dia do Provão Paulista – o vestibular exclusivo de estudantes de escolas públicas para ingressar nas universidades estaduais.
Greve conjunta
As entidades também reivindicam a realização de plebiscito para discutir as privatizações e que funcionários demitidos sejam reintegrados.
“É um absurdo que uma política que vai afetar serviços essenciais como água e o direito de ir e vir não seja discutida com a sociedade”, diz Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários.
Segundo afirma, a categoria pode suspender a greve no Metrô se o governo paulista aceitar fazer “catraca livre” – ou seja, deixar de cobrar bilhete – na data marcada.
Já na CPTM, a paralisação pode afetar as linhas que não forem concedidas para a iniciativa privada. Atualmente, as Linhas 8-Diamante e Linha 9-Esmeralda são operadas pela concessionária Via Mobilidade, cujos trabalhadores não fazem parte da mobilização grevista.
Na quarta-feira (22/11), o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) já havia divulgado nota sobre a paralisação conjunta.
“Será um sonoro não às privatizações de Tarcísio de Freitas que ataca trabalhadores e o direito da população à água, ao transporte e à educação públicos”, diz, em comunicado. “Faremos uma mobilização maior que a greve de 3 de outubro.”
Por sua vez, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeosp) promete fazer “um grande ato” na frente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no dia da greve.
Fonte : Metrópoles / Felipe Resk
Crédito Imagem : Fernando Frazão