Projeto de pesquisa busca gerar mais segurança e eficiência para os produtores de Mato Grosso
O Conselho Gestor do Fundo de Desenvolvimento Florestal do Estado de Mato Grosso (Desenvolve Floresta) aprovou, nesta terça-feira (19.12), o investimento de R$ 2,4 milhões em pesquisa de melhoramento genético que analisará clones de eucalipto, para gerar mais segurança e eficiência aos produtores de Mato Grosso.
O projeto de pesquisa busca analisar matérias genéticos de mudas clones de eucaliptos, de forma a registrar seu crescimento e comportamento. O processo identificará os materiais genéticos que se sobrepõe e em quais condições.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, um dos objetivos do Desenvolve Floresta é assegurar a realização de pesquisa e assistência técnica para extensão florestal, reflorestamento, florestamento e manejo sustentável.
“A aprovação deste investimento vai ao encontro com a finalidade do Desenvolve Floresta. Essa pesquisa busca ajudar os nossos produtores de eucalipto de diversas áreas e condições climáticas espalhados pelo Estado, obtendo melhores resultados no período de corte”, afirmou César Miranda.
A coordenadora do Desenvolve Floresta, Camila Bez Batti, explica que Mato Grosso possui condição climática diversa, o que muda o panorama dos produtores de sul ao norte do Estado.
“O projeto é para validar os clones de eucaliptos do nosso mercado de acordo com o nosso clima. As nossas condições de temperatura, solo, e umidade, todas essas em relações climáticas, variam muito, pois o nosso Estado é extenso. Com esses dados poderemos trazer mais segurança ao produtor do sul ao norte. Ele irá saber qual o clone pode cultivar e obterá resultados melhores no corte, o qual varia de 6 a 7 anos para eucalipto. A pesquisa visa assegurar a eficácia dos plantios de eucalipto e garantir uma produção sustentável alinhada com as exigências do setor energético”, detalhou a coordenadora.
A pesquisa em melhoramento genético do eucalipto visa otimizar os plantios desse recurso amplamente empregado na produção de energia. Com o crescente desenvolvimento das indústrias de etanol de milho, a demanda por essa biomassa para fins energéticos se tornou urgente.
As pesquisas serão desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com as unidades Agrossilvipastoril, Floresta e Sinop, e pela Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), as quais apresentaram o projeto para receber subsídios do Desenvolve Floresta.
Maria Júlia Souza | Sedec-MT