Nos 11 primeiros meses do ano, o Brasil aprovou pedidos de refúgio de 117.188 estrangeiros
Venezuelanos são maioria entre refugiados aceitos no Brasil em 2023
Nos 11 primeiros meses do ano, o Brasil aprovou pedidos de refúgio de 117.188 estrangeiros, sendo que 82% deles são venezuelanos, de acordo com o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados). Em seguida, estão Haiti e Cuba, no Caribe. Os venezuelanos também representam a maioria dos pedidos ainda em processo. Em novembro, dos cerca de 5.000 processos abertos no Brasil até aquele mês, metade (2.497) foram originários do país vizinho.
Enquanto o número de refugiados de países em guerra permaneceu baixo, crises econômicas e políticas na América Latina, Ásia e África resultaram em uma quantidade significativa de pedidos de refúgio. Na lista das dez nacionalidades com mais refugiados, totalizando 95% dos processos, a maioria se concentra nessas regiões. Fora a Venezuela, a Colômbia é o único país vizinho a integrar a lista, que foi atualizada em 30 de novembro.
Os números refletem a situação da Venezuela, que enfrenta desafios políticos e econômicos, incluindo ameaças de invasão à vizinha Guiana feitas pelo presidente Nicolás Maduro. O Brasil se opõe a essa ação e trabalha para buscar uma solução diplomática para o conflito. O país reconhece como refugiados aqueles que sofrem perseguição por motivos diversos, bem como aqueles sujeitos a graves violações de direitos humanos em seus países de origem.
Abaixo, segue a lista dos dez países com mais refugiados no Brasil, destacando a presença maciça de venezuelanos:
- Venezuela: 95.951 (81,8%)
- Haiti: 7.101 (6%)
- Cuba: 3.035 (2,6%)
- Angola: 1.621 (1,4%)
- Bangladesh: 1.317 (1,1%)
- Afeganistão: 881 (0,7%)
- China: 875 (0,7%)
- Nigéria: 655 (0,5%)
- Gana: 453 (0,4)
- Colômbia: 335 (0,3%)