No cenário político brasileiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dirige os holofotes para as movimentações em torno do seu ato de apoio programado na Avenida Paulista, em São Paulo, para o próximo dia 25. Em uma comunicação decisiva aos parlamentares, Bolsonaro enfatiza que o evento já está financiado e rejeita a necessidade de “vaquinhas” ou contribuições financeiras de aliados, afastando qualquer associação com solicitações de recurso.
No campo digital, Bolsonaro ressalta em um vídeo nas redes sociais a importância de concentrar o apoio exclusivamente na capital paulista e dissuade seus seguidores a não criarem ou participarem de eventos paralelos em outras cidades. Esta diretriz surge como uma tática para minimizar a tensão com o STF e o ministro Alexandre de Moraes, figura recorrentemente criticada pelo ex-presidente e que encabeça inquériritos que podem impor novas sanções a Bolsonaro.
Em contraposição a solicitações financeiras anteriores, como a arrecadação online para custear multas jurídicas de Bolsonaro, os atuais preparativos do evento precedem qualquer pedido de apoio monetário à sua base. Este posicionamento se alinha à revelação feita pela Folha de S.Paulo sobre o volume de transações financeiras associadas a Bolsonaro, reforçando um cenário de autossubsistência para o evento vindouro.
Enquanto a PF investiga supostas iniciativas de golpe de Estado, aliados de Bolsonaro em posições estratégicas, como a líderança do PL, expressam a significância da presença nacional no ato, que promete ser uma manifestação pacificadora e ordeira. Apesar disso, influências notáveis, como as senadoras e ex-ministras Damares Alves e Tereza Cristina, sinalizam sua ausência.
Os recursos financeiros do ato são assumidos pela Associação Vitória em Cristo, sob direção do pastor Silas Malafaia, cujo apoio incondicional a Bolsonaro é longamente estabelecido. Normas internas da associação permitem a participação em atos públicos, com recursos distintos de fundos partidários ou governamentais.
A tomada de decisões estratégicas conta com a colaboração do advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, e do próprio Malafaia, enfatizando que o evento será sustentado sem envolvimento de verbas públicas, e primará pela ordem e pela apresentação de um discurso unificado.
O impulso para a montagem do evento na Avenida Paulista vem de Malafaia, que instigou Bolsonaro a invocar o povo após um aguçado comentário sobre as ações do ministro Alexandre de Moraes. A parceria incrementou a organização e as expectativas para o ato que agora se desenha como um capítulo disruptivo no diálogo entre sociedade e autoridades judiciárias.