Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa e deputado filiado ao União, expressou sua decepção com o recente afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, do MDB, classificando o episódio como lamentável. Apesar da gravidade da situação, Botelho não manifestou surpresa com o desenrolar dos eventos, aludindo aos rumores e discussões preexistentes sobre o tema.
O afastamento do chefe do executivo municipal foi determinado pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, que acolheu uma solicitação do Ministério Público Estadual (MPE). Emanuel Pinheiro é acusado de liderar uma organização ilícita dedicada a desviar fundos da área da saúde, o que configuraria um grave atentado contra a integridade do sistema de saúde pública.
“[Posso] Só lamentar. É uma situação lamentável. [São] Vários afastamentos, acho que isso é triste para nós”, afirmou Botelho, ressaltando que não faria uma avaliação precipitada das acusações no momento. “Eu não vou fazer julgamento destas questões agora. Vamos analisar o que é, o que foi. […] Não diria que é surpresa. Fica esse zum-zum-zum, essa conversa. Você vê aí na imprensa que já tinha muita conversa”.
Conforme argumentam o MPE e a Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção), o prefeito Emanuel Pinheiro seria o líder do núcleo criminoso, responsável por prover sustentação financeira e política ao grupo. As investigações ampararam-se em um acervo considerável de evidências acumuladas durante variadas operações policiais, posicionando Emanuel no comando da associação criminosa.
Os integrantes chave do alegado esquema, identificados nas investigações, são Célio Rodrigues da Costa, Gilmar de Souza Cardoso e Milton Corrêa da Costa, todos implicados nas supostas atividades fraudulentas que abalam a confiança na gestão pública.