Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria, a partir de dados do IBGE, revela que a diferença salarial entre mulheres e homens caiu na última década.
O índice que mede a paridade salarial passou de 72 em 2013 para 78,7, em 2023.
A paridade de gênero é medida em uma escala de 0 a 100 e quanto mais próximo de 100, maior a equidade entre mulheres e homens.
O estudo revela também que a presença nas mulheres em cargos de liderança aumentou, embora elas ainda sejam minoria.
Em 2013, 35,7% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres; no ano passado, o percentual ficou em 39,1%.
Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, o estudo mostra o Brasil tem conseguido reduzir as diferenças entre gêneros, mas ainda em passos lentos. Na avaliação dele, é preciso intensificar o debate sobre o assunto para que medidas concretas possam ser implementadas para que o país alcance, o quanto antes, um cenário de equidade plena no mercado de trabalho.
A CNI também entrevistou mil executivos de indústrias de pequeno, médio e grande porte e constatou que, entre os instrumentos mais usados pelas empresas para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres na indústria estão políticas de paridade salarial, citadas por 77% dos entrevistados, e políticas que proíbem discriminação em função de gênero, adotadas em 7 e de cada 10 indústrias ouvidas.
Programas de qualificação de mulheres, programas para estimular a ocupação de cargos de chefia por mulheres e licença maternidade ampliada (de 6 meses) por iniciativa da empresa também estão entre as medidas mais citadas.