A Suprema Corte dos Estados Unidos proferiu um veredito crucial na última segunda-feira, endossando as pretensões eleitorais do ex-presidente Donald Trump, assegurando-lhe a permissão legal para concorrer nas iminentes eleições presidenciais de novembro. Esta decisão de alto calibre mantém Trump no espectro político como um pré-candidato viável pelo Partido Republicano.
A determinação do alto tribunal veio à luz na iminência da Superterça, um evento chave no ciclo eleitoral norte-americano quando uma consolidação de 15 estados executa suas primárias de forma sincronizada. O alcance jurídico deste pronunciamento é significativo, estendendo-se para além do caso originário do Colorado, e impede qualquer objeção subsequente nos outros estados, preservando assim a elegibilidade incontestável de Trump para a contenda presidencial.
A Suprema Corte interveio em resposta a um recurso de apelação submetido pela defesa de Trump, desafiando um pronunciamento anterior de uma corte coloradense que havia precluso sua candidatura baseando-se em uma alegada transgressão de um artigo da Constituição dos EUA. Esta corte local sustentava que Trump estava implicado nos eventos insurreccionais do dia 6 de janeiro de 2021, data em que ocorreu a infame invasão do Capitólio em Washington por parte de seus simpatizantes.
Porém, a Suprema Corte, dotada atualmente de uma maioria conservadora, estabeleceu que compete exclusivamente ao Congresso Nacional, e não às jurisdições estaduais, arbitrar a legitimidade de um postulante às eleições.
É pertinente rememorar que Trump, no embate eleitoral de 2020, foi superado por Joe Biden, não obstante tenha rejeitado o íntegro resultado eleitoral. Em um epílogo controverso de sua gestão, no 6 de janeiro de 2021, Trump ainda como presidente incumbido, incitou uma aglomeração em Washington D.C., consequentemente deflagrando o assalto ao Capitólio, sede do Legislativo americano.
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