A inflação em fevereiro acelerou para todas as faixas de renda, mas atingiu de modo mais intenso as famílias de renda média-alta.
É o que revela um estudo realizado pelo Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
No segundo mês do ano, a inflação oficial do país, apurada pelo IBGE, avançou 0,83%.
Todos os meses, no entanto, o Ipea divide a população em 6 faixas de renda e analisa como a variação dos preços afetou cada uma delas.
E, segundo o Instituto, em fevereiro a taxa para as famílias de renda média-alta foi 0,88%; a principal pressão para o grupo foram os reajustes das mensalidades escolares e dos combustíveis.
Fazem parte do grupo famílias com ganhos mensais entre R$ 10.529,96 e R$ 21.059,92.
Para as famílias de renda média, a variação inflacionária também foi maior do que a média nacional, ficando em 0,85%.
Já as famílias de renda muito baixa, com rendimentos inferiores a R$ 2.105,99, tiveram a menor variação da inflação: 0,78% – para elas, o maior impacto foi causado pelo aumento dos preços dos alimentos e das tarifas de transporte urbano e integrado.
Para as famílias de renda baixa, o segundo grupo com menor rendimento mensal, a inflação em fevereiro foi de 0,79%.
