Vereadores recebem RH da Prefeitura para entender propostas de mudanças no estatuto e PCCS dos servidores em Lucas

0
117
Foto: Ascom Câmara | Rayan Nicácio

Representantes da Prefeitura estiveram hoje na Câmara para explicar dois projetos de lei complementar encaminhados pelo Poder Executivo, que alteram trechos do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais e do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). A reunião foi entre os membros da comissão especial designada para analisar as alterações, vereadores Daltro Figur, Ideiva Foletto e Márcio Albieri, e a secretária-adjunta de Governo e Administração, Aline Hartmann, acompanhada do supervisor de Recursos Humanos, Wender Marcos Leite.

A primeira conversa foi sobre o Projeto de Lei Complementar nº 01, que altera o Estatuto dos Servidores Municipais. Entre as mudanças está a definição de pelo menos um servidor efetivo para compor a comissão de especial de estágio probatório. Além disso, com o projeto, os servidores também poderão ter direito a licença para tratamento de saúde de pessoa da família, o que não estava previsto no estatuto.

Outra mudança é a retirada da “autorização escrita de autoridade competente” para que seja permitido serviço extraordinário, que segue limitado a duas horas por dia, em situações “excepcionais e temporárias”. Já o artigo 63 do estatuto, que trata dos agentes de saúde e endemias, teve o acréscimo de um parágrafo, o qual estabelece que o adicional de insalubridade desses profissionais será calculado por meio do salário-base de início de carreira.

A secretária-adjunta explicou aos vereadores a proposta de mudança na licença-prêmio concedida aos servidores. Segundo ela, o projeto acaba com a obrigação de o servidor ter que gozar uma licença-prêmio antes de vencer o período aquisitivo da próxima. Além disso, o estatuto passa a permitir o acúmulo de licença-prêmio e também a conversão em pecúnia para os casos em que o servidor for exonerado.

O projeto regulamenta ainda a licença para qualificação profissional, definindo os prazos de afastamento, que serão de 24 meses para mestrado, 48 meses para doutorado e de até 72 meses para doutorado cursado imediatamente após a conclusão do mestrado, estabelecendo que os servidores deverão permanecer nos cargos pelo mesmo período do afastamento, caso contrário, deverão ressarcir os cofres públicos.

Outra modificação no estatuto foi para permitir que os servidores possam se ausentar do serviço para participar de “treinamento ou especialização profissional, participação em congressos ou outras reuniões e eventos de natureza técnica, científica, cultural, inerentes às funções do servidor, se de interesse do município”. Por fim, uma última modificação beneficia os servidores que são pais ou cuidam de crianças com deficiência e que estão em jornada especial de trabalho. A proposta é de que possam receber, além do salário base e adicional por tempo de serviço, outras “verbas inerentes ao exercício da função”.

Já as mudanças no PCCs tratam da comissão responsável por analisar os pedidos de promoção de titulação, a qual passa a ter vigência de dois anos.  Além disso, um dos artigos do PCCS passa a vigorar com a retirada de exigência de controle semanal da jornada dos advogados públicos do município, “dada a incompatibilidade com a natureza de suas atribuições”.

O projeto ainda define que o salário base dos agentes de saúde e de combate às endemias não poderá ser inferior a dois salários mínimos, devendo ser atualizado anualmente pelo mesmo índice do salário mínimo, e estabelece que a categoria terá direito à Revisão Geral Anual, quando houver, mas que haverá o desconto do percentual quando o reajuste do piso nacional dos profissionais for maior. Além disso, determina o nível médio como requisito para ingressar nos dois cargos e os profissionais que já atuam no município terão até dois anos para apresentarem os certificados de conclusão.

O Poder Executivo também propôs aumentar o número de profissionais dos cargos de farmacêutico, para composição das equipes de saúde, e terapeuta ocupacional, para tratamento de casos de Síndrome de Down, autismo e outros diagnósticos, além de retirar o adicional de responsabilidade atribuída do cargo de médico especialista em medicina da família e comunidade. Ainda não há data definida para votação dos dois projetos.

Autor: Herbert de Souza / Ascom