O empresário Elon Musk vai demitir 10% dos funcionários da Tesla. A informação consta em um memorando interno da montadora revelado nesta segunda-feira.
– Enquanto preparamos a empresa para nossa próxima fase de crescimento, é extremamente importante analisar todo os aspectos para reduzir custos e aumentar a produtividade – afirmou Musk, que é presidente-executivo da empresa, no memorando.
– Como parte desse esforço, fizemos uma análise minuciosa da organização e tomamos a difícil decisão de reduzir nosso quadro de funcionários em mais de 10% em todo o mundo – afirmou.
O memorando foi revelado inicialmente pela agência inglesa de notícias Reuters. A Tesla, oficialmente, não se pronunciou sobre o caso, embora esteja prevista a divulgação do seu balanço trimestral na semana que vem.
No documento, Musk também disse que houve “duplicação de cargos e funções em determinadas áreas”. “Não há nada que eu odeie mais”, diz Musk, ao se referir às demissões, “mas isso precisa ser feito. Isso nos permitirá ser enxutos, inovadores e ávidos pelo próximo ciclo de crescimento”.
Ainda não há detalhes, porém, sobre quais postos de trabalho serão afetados e qual o número exato de funcionários que serão demitidos.
A empresa segue sendo a montadora com maior valor de mercado do mundo. Segundo os dados mais recentes, a empresa conta com 140.473 funcionários.
Quedas nas vendas
Entretanto, a Tesla vem enfrentando quedas nas vendas nos últimos tempos. No início de abril, por exemplo, a montadora anunciou que entregou cerca de 386,8 mil veículos no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 20,2% na comparação com o trimestre anterior. Foi a primeira queda trimestral na empresa em quatro anos.
No último trimestre do ano passado, segundo dados da própria Tesla, a montadora registrou um lucro bruto de 17,6%. Apesar da expansão, o percentual foi o mais baixo para um trimestre em mais de quatro anos.
Por Redação, com CartaCapital – de Austin, Texas