A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e pode manifestar-se de formas variadas, desde sintomas leves até quadros graves, como a dengue hemorrágica. Embora seja conhecida principalmente por causar febre alta, dores no corpo e mal-estar, a dengue também pode ter efeitos significativos no sistema cardiovascular, o que reforça a importância do acompanhamento médico, especialmente em pacientes com problemas cardíacos pré-existentes.
A conexão entre Dengue e Saúde Cardíaca
O vírus da dengue afeta o sistema imunológico e pode provocar uma variedade de respostas inflamatórias. Essas respostas podem ter impacto direto sobre o coração e os vasos sanguíneos. Algumas das complicações cardíacas relacionadas à dengue incluem:
- Miocardite: Inflamação do músculo cardíaco que pode diminuir a capacidade do coração de bombear sangue, resultando em sintomas como falta de ar, palpitações e, em casos graves, choque cardiogênico.
- Pericardite: Inflamação da membrana que envolve o coração, que pode levar a dor no peito e outros sintomas.
- Alterações na Pressão Sanguínea: A dengue pode causar desidratação, levando a uma queda na pressão arterial, potencialmente complicada pela presença de medicações cardioativas.
- Arritmias: Alterações no ritmo cardíaco podem ocorrer como resultado da febre alta e do desequilíbrio eletrolítico.
A Importância do Acompanhamento Médico
Pacientes com histórico de doenças cardíacas estão em um grupo de maior risco para complicações sérias caso contraiam a dengue. Isso se deve principalmente à possibilidade de a dengue exacerbar condições cardíacas preexistentes ou induzir novos problemas, como os mencionados acima.
O acompanhamento médico possibilita:
- Monitoramento da Função Cardíaca: Avaliações regulares do coração através de exames como eletrocardiograma (ECG) e ecocardiograma podem identificar precocemente qualquer sinal de comprometimento cardíaco.
- Ajuste de Medicamentos: A interação entre os medicamentos para o coração e os utilizados no tratamento dos sintomas da dengue precisa ser cuidadosamente gerida.
- Hidratação Apropriada: Manter o equilíbrio de fluidos é crucial, especialmente em pacientes cardíacos, onde tanto a sobrecarga quanto a insuficiência de volume podem ser prejudiciais.
- Vigilância para Sinais de Alarme: Sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, sangramentos ou alterações na consciência requerem atenção imediata.
Conclusão
Embora a dengue seja uma doença de atenção primária geral, pacientes com condições cardíacas pré-existentes devem ser acompanhados de perto por um cardiologista durante a infecção. A gestão adequada da doença nestes pacientes é complexa e essencial para prevenir complicações graves que podem ameaçar a vida. Portanto, se você ou alguém próximo tem problemas cardíacos e suspeita de dengue, procure atendimento médico especializado sem demora.