Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), mais uma vez presta esclarecimentos na condição de testemunha, agora perante a Polícia Federal e com a presença do FBI, marcando a primeira colaboração da polícia federal americana após o acordo de cooperação internacional entre as instituições. O depoimento ocorreu às 10h desta sexta-feira (26/4) por videoconferência, conforme relata a CNN Brasil.
Este não é o primeiro depoimento de Mauro Cid sobre tais assuntos. O ex-ajudante de ordens tem uma história recorrente de colaborações em investigações que abarcam desde esquemas de vendas de joias recebidas por Bolsonaro até fraudes em cartões de vacinação contra Covid-19. Nas investigações atuais, o foco recai sobre duas frentes principais: a suspeita de venda de joias que deveriam integrar o acervo da União, conforme determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), e as irregularidades nos cartões de vacina.
A Operação Lucas 12:2, é uma das investigações em que Mauro Cid já contribuiu com informações importantes. O inquérito busca esclarecer o destino dos presentes oficiais recebidos por Jair Bolsonaro durante seu mandato. Além disso, em 11 de agosto, houve movimentações significativas da PF relacionadas a este caso, envolvendo figuras próximas ao ex-presidente, como o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, Mauro Cid e outros.
No que se refere à fraude dos cartões de vacina, a Polícia Federal indiciou diversas pessoas mediante evidências e depoimentos recolhidos, inclusive de Mauro Cid. Entre os indicados estão Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Este relatório culminou com a acusação de que o ex-presidente teria ordenado a inserção de dados falsos nos registros do Ministério da Saúde.
Esses depoimentos repetidos de Mauro Cid sugestionam sua posição central e sua relevância nas diversas investigações que tentam desvendar as irregularidades durante a gestão de Bolsonaro, tanto em assuntos de corrupção relacionados ao tráfico de influências com joias quanto na manipulação de informações vitais de saúde pública.
Crédito: Lula Marques/Agência Brasil