Greve no IFMT – “Engole o choro e faz o L”

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Em um movimento que realçou as tensões no setor educacional do Brasil, os servidores do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) deflagraram, nesta segunda-feira (8), uma paralisação por tempo indeterminado. A greve, articulada sob a égide do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), ganhou aderência em 18 unidades da instituição, com a notável exceção do campus de Juína.

No epicentro desta mobilização, quatro pautas emergem como bandeiras centrais dos servidores: a reestruturação de carreiras para técnicos-administrativos e docentes, a demanda por recomposição salarial, a revogação de normativas consideradas prejudiciais à educação federal estabelecidas durante os mandatos dos ex-Presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro, e a urgente necessidade de readequação orçamentária para a melhoria imediata de auxílios e bolsas estudantis.

A persistência do descontentamento culminou nesse ato drástico, que interrompe as atividades acadêmicas e administrativas, em um apelo aos tomadores de decisão para que se reveja a condução das políticas para a educação federal. Partes da comunidade acadêmica, contudo, expressam posicionamentos conflitantes; tal é o caso dos alunos do campus de Sorriso que, em uma demonstração pública de repúdio à paralisação, expuseram em frente à instituição uma faixa declarativa: “Nós, alunos do IFMT Campus Sorriso, somos contra a greve. Engole o choro e faz o L”.

A greve traz à tona uma complexa discussão sobre as expectativas e desafios contemporâneos enfrentados por instituições de ensino federal e expõe a divergência de perspectivas entre diferentes segmentos da comunidade educacional. Enquanto o confronto entre gestão, funcionários e alunos ganha contornos mais nítidos, as repercussões deste impasse continuam a ecoar, suscitando um debate nacional sobre a valorização da educação e das condições de trabalho dos que a fazem prosperar.