Em uma noite onde as estrelas pareciam brilhar mais para o Independiente del Valle, foi o Palmeiras, sob a batuta do estrategista Abel Ferreira, que usurpou os holofotes para si, mostrando a força de um verdadeiro coletivo. O mantra “Todos somos um” nunca ressoou tão forte quanto na emocionante virada do Verdão nas alturas desafiadoras de Quito.
O grande maestro dessa sinfonia verde foi, sem dúvida, Abel Ferreira, cuja liderança transcende o aspecto técnico e penetra nos corredores do poder e coração dos jogadores. A integração entre comissão técnica, diretoria e departamento de futebol fluiu como uma melodia bem orquestrada, preparando o terreno para que todos juntos enfrentassem os desafios da altitude equatoriana.
Em uma jogada de mestre da diretoria, liderada por Leila Pereira, o elenco foi hospedado em um dos melhores hotéis da cidade, um detalhe que revelou ser mais que um simples conforto, transformando-se em uma fonte de motivação. Abel, em sua preleção na véspera do confronto, foi enfático ao lembrar seus jogadores das condições ideais providenciadas pelo clube, instigando neles a responsabilidade e o desejo ardente de lutar por cada bola como se fosse a última.
A escolha inicial do técnico português refletiu uma preferência por experiência ao escalar figuras como Gustavo Gómez, Veiga e Rony, pilares do time que, já consolidados, deveriam guiar os mais jovens pelas adversidades da partida. No entanto, o jogo revelaria necessidades táticas não antecipadas, e foi no intervalo que Abel mostrou sua capacidade de adaptação.
Observando fraquezas no setor defensivo esquerdo, não hesitou em alterar sua estratégia, introduzindo Lázaro e Luís Guilherme, jovens talentos que aguardavam na sombra por uma chance de brilhar. E brilharam. Foram eles os arquitetos da virada, provando que a fé de Ferreira na juventude da Academia tinha seu valor.
A virada no jogo não foi apenas um resultado esportivo, mas a confirmação de que a filosofia de união, tão pregada por Abel, é capaz de transformar potencial em vitória. No Palmeiras de Abel Ferreira, cada jogador, do mais experiente ao recém-chegado, sabe que juntos formam mais que um time: formam uma família em busca de um objetivo comum. A vitória sobre o Independiente del Valle foi mais um capítulo dessa saga palmeirense, onde juntos, realmente, são um.
Foto: Cesar Greco/Palmeiras