A agricultura de Mato Grosso alcançou um marco histórico na safra 2023/2024, consolidando-se como o segundo maior produtor de etanol do país. Conforme os números divulgados pelo sindicato das indústrias sucroalcooleiras do estado e pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as 18 usinas operacionais no estado produziram uma quantidade recorde de 5,72 bilhões de litros de etanol. Este é o número mais alto registrado desde a safra de 2010/2011.
Este avanço posicionou Mato Grosso à frente de Goiás no ranking de produção desse biocombustível, mantendo-se apenas atrás de São Paulo. Um fato notável é que, no âmbito específico do etanol de milho, Mato Grosso já é considerado o maior produtor nacional.
Perspectivas para a Próxima Safra
O aumento relevante na produção total de etanol não é apenas um reflexo da expansão das capacidades das usinas — com melhorias e inauguração de novas plantas — mas também da eficiência aprimorada das operações industriais no território mato-grossense. Essa eficiência é destacada pelos índices recordes de rendimento tanto para o milho quanto para a cana-de-açúcar.
No detalhamento da produção, dos 5,72 bilhões de litros fabricados, 4,54 bilhões provêm do milho e 1,18 bilhão da cana. Deste montante, 3,73 bilhões de litros correspondem ao etanol hidratado, utilizado diretamente nos veículos, e 1,99 bilhão de litros ao etanol anidro, misturado à gasolina.
Para a safra de 2024/2025, as projeções são ainda mais otimistas, esperando-se que a produção de etanol atinja um total de 6,30 bilhões de litros, um incremento de 10,03% em relação a esta safra, com 5,207 bilhões de litros oriundos do milho e 1,088 bilhão da cana.
Crescimento na Produção de Milho
Durante a safra 2023/24, a produção de milho em Mato Grosso foi de 43,8 milhões de toneladas, representando 38% da produção nacional. A moagem de milho teve também um pico histórico de 10,11 milhões de toneladas, com um crescimento de 37,86%, o maior já registrado no estado.
Atualmente, Mato Grosso representa 72,03% da produção nacional de etanol de milho, destacando-se igualmente pela produção de DDG (Grãos Secos de Destilaria), um subproduto essencial para a nutrição animal. A produção de DDG alcançou 2,12 milhões de toneladas, um aumento significativo em comparação com os 1,6 milhão de toneladas do período anterior.
Esses resultados não apenas enfatizam a capacidade produtiva e a importância de Mato Grosso no setor agroindustrial do etanol, mas também solidificam sua posição de liderança na inovação e no desenvolvimento sustentável dentro do agronegócio brasileiro.
