Crianças têm a saúde prejudicada pela poeira que resultou da tragédia de Brumadinho.
A conclusão é de um estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio e da Fundação Oswaldo Cruz.
O trabalho integra o Projeto Bruminha. Ele foi desenvolvido para avaliar a saúde das crianças de até seis anos de idade nas comunidades que sofreram o impacto do rompimento da barragem.
O estudo foi realizado no período de 2021 a 2024.
A tragédia ocorreu em janeiro de 2019. Houve 75% mais relatos de alergia respiratória nas áreas atingidas em comparação com as não afetadas. E mais: as crianças expostas à poeira corriam um risco três vezes maior de desenvolver essa condição.
Os problemas e saúde foram observados principalmente nos menores com mais de quatro anos, inclusive com comprometimento das vias aéreas.
A explicação dos pesquisadores é que acima dessa idade as crianças costumam ficar mais nas áreas externas.
A maioria teve pneumonia, asma ou bronquite, além de rinite, sinusite e otite.