Violência no campo segue em alta no território brasileiro.
Dados da Comissão Pastoral da Terra indicam que o número total de conflitos rurais cresceu entre 2022 e 2023.
No ano passado, foram registrados 2.203 casos de conflitos no campo, envolvendo 950.847 mil pessoas
Em 2022, para comparação, tinham sido registrados, ao todo, 2.050 conflitos rurais; os embates travados naquele ano impactaram pouco mais de 923 mil pessoas, cerca de 26 mil a menos.
Considerando os dados de 2023, dá para dizer que o país registra um conflito em área rural a cada 4 horas.
As regiões do país que concentraram mais conflitos no ano passado foram o Norte e o Nordeste, com 810 e 665 ocorrências, respectivamente. Na sequência, vêm o Centro-Oeste, 353, o Sudeste, com 207 e o Sul, com 168.
De acordo com o relatório, os conflitos registrados no campo não são apenas brigas relacionadas à posse de terras; as brigas envolvem também questões como disputa por água, trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão, contaminação por agrotóxico, assassinatos e mortes, por exemplo.
Ainda assim, as disputas territoriais são maioria: a Comissão Pastoral da Terra contabilizou 1.724 disputas por terra entre janeiro e dezembro do ano passado, o que equivale a 78% dos cacos de violência no campo.
Conflitos por água, com 225 ocorrências, e trabalho escravo contemporâneo na zona rural, com 251 registros, aparecem na sequencia.