Um relatório inicial divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que as recentes tempestades que assolaram o estado do Rio Grande do Sul desde o dia 29 de abril causaram um impacto financeiro devastador. Os danos acumulados nos primeiros levantamentos alcançaram a cifra de R$ 967,2 milhões. Essa estimativa considera as perdas reportadas por apenas 25 municípios à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, que faz parte do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, conforme informado pela CNM.
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A análise projeta que este montante tende a crescer conforme outros municípios afetados reportem suas perdas. Atualmente, muitos ainda se dedicam ao trabalho essencial de assistência e resgate das vítimas das enchentes. A Confederação informou que até agora, 364 municípios foram impactados, dos quais 336 obtiveram o status de calamidade pública reconhecido nos níveis estadual e federal. Destes, 188 já realizaram o registro de seus decretos no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, operado pelo governo federal, enquanto 151 municípios ainda não compartilharam seus dados e estimativas de prejuízos.
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No âmbito econômico, a agropecuária é o setor mais afetado, concentrando uma perda substancial de R$ 506,8 milhões. Desse total, R$ 423,8 milhões são atribuídos diretamente à área da agricultura, enquanto os prejuízos no setor pecuário somam R$ 83 milhões. Os números reforçam a extensão dos danos e a necessidade urgente de medidas de recuperação e suporte aos municípios atingidos.