Após um ciclo anterior de recordes, a segunda safra de milho de 2023/24 inicia com previsões de redução na produção. A Agroconsult, responsável pelo Rally da Safra, projeta uma diminuição significativa de 10,5% comparada à safra passada, esperando alcançar 96,7 milhões de toneladas. Esta queda é atribuída não só à redução da área cultivada, mas também às adversidades climáticas que afetam estados como Mato Grosso do Sul e Paraná.
Início da Colheita e Expectativas Preliminares
Com a produtividade prevista em 98,8 sacas por hectare, o que é 7% menos que na safra 2022/23, equipes técnicas começam a avaliar as lavouras de milho de segunda safra em diversos estados brasileiros. “Nosso trabalho é avaliar in loco a situação das plantas, o número de espigas por planta, e outros indicadores essenciais para projetar a produtividade final”, explica André Debastiani, coordenador do Rally.
Potenciais de Produtividade Divergentes
Apesar dos desafios, alguns estados mostram um potencial compensatório. “Mato Grosso e Goiás apresentam condições favoráveis, o que pode atenuar perdas observadas em Mato Grosso do Sul e Paraná”, esclarece Debastiani. Esta variação destaca a heterogeneidade das condições agrícolas no país.
Condições de Plantio e Manejo Tecnológico
O relatório aponta que a maioria das áreas em Mato Grosso foi semeada dentro de uma janela ideal de plantio, com distribuição adequada de chuvas. “Este é um fator decisivo para o sucesso da safra”, afirma Debastiani. Além disso, o uso de tecnologias de ponta nas lavouras mantém-se prioritário nos estados com janelas de plantio favoráveis.
Análise Regional e Expectativas por Estado
As estimativas pré-Rally mostram uma queda generalizada na produtividade nos estados, com Mato Grosso do Sul e Paraná como os mais afetados. Por outro lado, Mato Grosso e Goiás destacam-se com produtividades próximas às máximas históricas.
Desafios Econômicos e Impactos Futuros
“Os altos custos de produção e a volatilidade dos preços do milho levaram a uma revisão inicial da área plantada para esta safra”, comenta o coordenador do Rally, ressaltando os desafios econômicos enfrentados pelos produtores. A análise conclui que, apesar de reduções significativas em áreas plantadas e investimentos em tecnologia menos favoráveis, o plantio de milho foi impulsionado por um calendário adequado, resultando em ajustes positivos em comparação com estimativas anteriores.
Conclusão
O panorama para a segunda safra de milho de 2023/24 é misto, combinando potenciais de alta produtividade em alguns estados com sérios desafios em outros. O investimento continuado em tecnologia e a otimização das janelas de plantio são cruciais para mitigar impactos e maximizar a produção nesta temporada desafiadora.