As recentes e intensas chuvas no Rio Grande do Sul têm causado não apenas estragos físicos significativos, mas também desafios consideráveis para a agricultura. O estado, que é reconhecido como o maior produtor de arroz no Brasil, contribuindo com cerca de 70% da produção nacional, enfrenta agora a possibilidade de impactos no fornecimento desse grão tão essencial.
A preocupação com a escassez de arroz nas mesas dos brasileiros foi tema de discussão no podcast “De onde vem o que eu como”, onde o presidente da Abiarroz (Associação Brasileira da Indústria do Arroz) compartilhou algumas insights. Ele tranquilizou os consumidores ao afirmar que “O arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país”, enfatizando que, pelos próximos 10 meses, a situação do mercado interno estará estável. Entretanto, ele também indicou que “Talvez possa faltar alguma coisa no final do período, quando estivermos preparando a nova safra”.
Além dos desafios da natureza, as enchentes têm causado bloqueios em estradas, complicando a logística de distribuição do arroz. Essa situação tem exigido medidas extraordinárias para assegurar que não haja falta do produto. Uma dessas medidas inclui a importação de 75 mil toneladas de arroz da Tailândia pela Abiarroz, uma ação estratégica para aumentar a oferta e estabilizar os preços. Adicionalmente, o Governo Federal liberou a compra de um milhão de toneladas de arroz de países do Mercosul.
Como resposta ao receio de escassez, alguns supermercados em Campo Grande optaram por fracionar a venda dos pacotes de arroz, uma prática que visa evitar o desabastecimento e garantir que mais consumidores tenham acesso ao produto durante esse período de incertezas.
Essas iniciativas refletem o esforço conjunto entre governo e setores privados para enfrentar as adversidades climáticas e garantir que o arroz, um elemento tão crucial na dieta dos brasileiros, continue acessível a todos.