Durante a abertura da XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em Brasília, nesta terça-feira, 21, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou um cenário de hostilidade com vaias de parte dos presentes. Apesar do momento de reprovação, o chefe do Executivo ressaltou a neutralidade do seu governo em relação às disputas partidárias locais.
Em seu discurso, o presidente focou na importância da colaboração federativa independente de filiações partidárias. “Não perguntamos de qual partido é o prefeito, perguntamos qual é o problema da cidade”, enfatizou Lula, destacando a natureza inclusiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), através do setor PAC Seleções, utilizado para selecionar projetos de estados e municípios baseando-se nas necessidades reais e não na política.
Lula também aproveitou o momento para fazer um apelo aos prefeitos sobre a conduta durante os períodos eleitorais: “Não permitam que eleições façam vocês perderem a civilidade”. Além disso, evocou a nostalgia e a inspiração de uma canção de campanha de 1975 para ilustrar sua visão de gestão municipal, reiterando que a felicidade começa nas ações locais das cidades.
No evento, Lula assinou um novo decreto sobre convênios e transferências de fundos da União para os municípios, reforçando a necessidade de suportar financeiramente os municípios que agora enfrentam mais responsabilidades.
A Marcha dos Prefeitos contou não só com a presença do presidente e seus ministros — incluindo Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), entre outros —, mas também com figuras chave do Congresso, como os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, indicando a relevância do evento para a política nacional.
Em meio a desafios e críticas, Lula defende a importância de ultrapassar as barreiras partidárias para uma administração pública que verdadeiramente atenda as necessidades do cidadão, refletindo um governo que pretende ser mais colaborativo e menos polarizado.