Na noite de segunda-feira (20), Marcela Luise, de 31 anos, foi declarada morta em um hospital em Aparecida de Goiânia, após ser brutalmente agredida. A triste confirmação veio através de Fernanda Paula Miranda, tia da vítima. O principal suspeito do crime é Igor Porto Galvão, companheiro de Marcela e conhecido fisiculturista, que foi detido sob a acusação de feminicídio.
De acordo com a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a vítima apresentava ferimentos severos, incompatíveis com a alegação inicial de queda dada por Igor. Marcela sofreu traumatismo craniano, teve oito costelas quebradas além de múltiplas escoriações pelo corpo. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o incidente, ocorrido no dia 10 de maio, quando foi levada inconsciente ao hospital pelo próprio companheiro.
A investigação, liderada pela delegada Bruna Coelho, revelou um histórico perturbador de violência doméstica por parte de Igor, incluindo um inquérito anterior por agressão a outra companheira. Apesar de uma medida protetiva ter sido solicitada pela vítima no passado, esta foi retirada após a reconciliação do casal, o que intensificou as preocupações sobre sua segurança.
A Justiça optou por manter a prisão de Igor após a audiência. Enquanto isso, Thiago Marçal Ferreira Borges e Gelicio Garcia de Morais Júnior, advogados de defesa de Igor, expressaram pesar pela morte e anunciaram planos para solicitar a substituição da detenção preventiva por medidas cautelares alternativas.
O caso chocou a comunidade local e reacendeu debates urgentes sobre a violência doméstica e a proteção das mulheres. A delegada Coelho e sua equipe continuam a investigação, buscando justiça para Marcela e prevenindo que tragédias semelhantes ocorram no futuro.
