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Os brasileiros estão ficando cada vez mais pobres, entenda

Por conta dessa frase ouvida de um casal que reclamava do preço do legume exposto na banca de um supermercado semanalmente, resolvemos abordar um tema que assola a vida do brasileiro: a famigerada INFLAÇÃO. Para nós, brasileiros, inflação é um conceito amplamente conhecido, mas será que realmente entendemos como ela afeta nossas vidas?

Poucas pessoas compreendem verdadeiramente o funcionamento desse indicador econômico que impacta nosso país há muitas décadas. Por isso, decidimos iniciar uma série para explicar de maneira clara e simples como a inflação opera.

Teoricamente, o conceito de inflação resume-se ao aumento contínuo dos preços e à perda do poder de compra da população. O poder de compra é a capacidade de adquirir bens, e a sua perda ocorre quando o dinheiro não compra a mesma quantidade de bens ao final do ano comparado ao início, devido à desvalorização da moeda.

Por exemplo, se alguém entrar hoje no supermercado com R$ 100, conseguirá comprar a mesma quantidade de produtos que comprou em maio de 2023? Com certeza não, porque todos sabemos o quanto os preços têm aumentado, diminuindo o poder de compra. A taxa de inflação mede esse incremento nos preços ao longo de um período.

O índice oficial usado pelo governo para medir a inflação é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE. Em 2023, o IPCA foi de 4,62%, indicando que os preços dos itens básicos para a subsistência do brasileiro aumentaram em 4,62% durante o ano.

No entanto, muitos questionam que essa porcentagem não reflete a realidade percebida em supermercados, postos de gasolina, transporte público, educação e outros setores essenciais. A discrepância ocorre porque o cálculo da inflação considera o consumo de famílias urbanas com renda entre 1 e 40 salários-mínimos mensais. As famílias de menor renda frequentemente sofrem mais, pois os alimentos têm um maior peso em seus orçamentos.

Se a inflação está baixa, por que o alívio não é sentido no bolso do consumidor? Recentes problemas climáticos, a guerra na Ucrânia e os preços das commodities influenciam diretamente o valor dos alimentos. O Grupo Alimentação e Bebidas contribui significativamente para o índice de inflação.

Os principais itens que compõem a inflação brasileira são:

Em abril, os itens que mais pressionaram o aumento dos preços dos alimentos foram cebola, ovos de galinha, mamão, leite longa vida e café moído. Além da alimentação, o Grupo Saúde e Cuidados Pessoais também contribuiu para a inflação devido ao aumento de até 4,5% nos preços dos medicamentos autorizados recentemente.

De modo geral, a inflação gera incertezas e dificuldades para as famílias, repercutindo negativamente na economia como um todo. O que pode ser feito para mitigar seus impactos? Manter um orçamento familiar organizado, planejar receitas e despesas, manter o padrão de vida ajustado à capacidade financeira e, se possível, estabelecer uma reserva de emergência são medidas essenciais para proteger-se dessa situação.

Para enfrentar a inflação, faça as contas e mantenha sempre o controle financeiro.

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