Brasileiro trabalhou os cinco primeiros meses do ano apenas para pagar impostos

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149 dias. Praticamente 5 meses inteiros.

De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, o IBPT, esse foi o tempo que o brasileiro precisou trabalhar este ano para pagar impostos.

Considerando dias corridos, significa dizer que todo o dinheiro recebido entre o dia primeiro de janeiro e 28 de maio foi destinado ao pagamento de impostos, taxas e contribuições aos cofres públicos.

Foram dois dias a mais do que o necessário para a mesma finalidade no ano passado.

Isso porque, segundo o IBPT, a carga tributária aumentou, passando de 40,28% para 40,71%.

O que significa dizer que, em 2024, a cada 100 reais ganhos pelos brasileiros, 40 reais e 71 centavos são para o pagamento de taxas como o Imposto de Renda, a contribuição ao INSS, IPVA e IPTU, entre outros, além de impostos que incidem sobre o consumo, como Pis/Cofins, e ICMS.

E isso é na média.

Porque recorte por faixa de renda mostra que a carga é maior, atualmente, para a classe média.

Aqueles que têm renda bruta média mensal entre os R$ 3.000 e R$ 10 mil arcam com uma carga tributária de 42,5% e trabalharam este ano 155 dias só para pagar impostos.  Em dias corridos, até 3 de junho.

Para o brasileiro de menor renda, com ganhos brutos mensais de até R$ 3.000, a carga tributária hoje é de 38,6% e, os tributos pagos por aqueles com ganhos superiores a 10 mil reais mensais equivalem a 40,5% da renda.

Só por curiosidade, dados do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, revelam que os brasileiros já arrecadaram este ano mais de 1 trilhão e 500 bilhões de reais em taxas federais, estaduais e municipais.