GCCO busca suspeitos de uma série de roubos e furtos a agências bancárias

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Operação North Banks: O desfecho de uma investigação intensa

Na última terça-feira (18.06), a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) deu início à notória Operação North Banks. O objetivo? Cumprir 20 mandados de prisão e busca contra suspeitos de uma série de furtos a agências bancárias no norte do estado.

Comandados pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal de Sinop, especializada no combate ao crime organizado, foram expedidos 13 mandados de prisão e sete de busca e apreensão. As cidades-alvo das ações judiciais incluíram Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Tapurah e Cuiabá.

As investigações lançadas pela GCCO miraram um grupo que elaborou e executou furtos a bancos em Sorriso e Lucas do Rio Verde entre abril e junho de 2022. Os crimes, que incluíram organização criminosa, furto qualificado, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores, resultaram em sete furtos a agências do Banco da Amazônia, Itaú e Banco do Brasil em Lucas do Rio Verde, além do Banco do Brasil, Santander e Bradesco em Sorriso.

As Engrenagens da Operação

A GCCO descobriu que dois dos presos, detidos em unidades prisionais do estado, coordenavam os furtos através de celulares. Um dos envolvidos, durante seu interrogatório, detalhou a execução do furto à agência do Itaú em Lucas do Rio Verde. Ele foi responsável pelo reconhecimento do local, desativação do alarme de segurança e arrombamento das paredes para acessar o cofre.

Os líderes da organização, identificados como I.D.C.D.S., de 30 anos, e R.S.D.J., de 40 anos, operavam com uma precisão inquietante. I.D.C.D.S., de dentro da Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, em Sinop, designava os bancos-alvo e coordenava os furtos por videochamadas em tempo real. Esse líder tinha um histórico criminal diversificado, incluindo crimes como roubo, furto, tráfico, ameaça e sequestro.

R.S.D.J., por sua vez, também detido, contava com o apoio da esposa, que realizava pagamentos via Pix aos integrantes do grupo, ajudando nos custos logísticos das operações criminosas.

Estrutura e Modus Operandi

A cada furto, o líder criminoso criava um grupo no WhatsApp, nomeado conforme a missão, onde delineava a hierarquia e as tarefas de cada participante. Em um destes grupos, intitulado “Nortão Empreendimentos”, concentrou-se o planejamento de crimes contra agências do Bradesco e Santander em Lucas do Rio Verde. Contudo, a prisão preventiva de dois membros impediu a concretização desses furtos.

Furtos e Apreensões

Nos crimes efetivados, os criminosos não apenas subtraíram quantias de dinheiro, mas também armas de fogo, placas e capas de coletes balísticos, munições e rádios comunicadores dos vigilantes bancários. A GCCO conseguiu frustrar outras duas tentativas em estágio inicial, graças à prisão e apreensão de dois dos principais executores do bando.

Conclusão

A Operação North Banks é um claro exemplo do vigor investigativo da GCCO no combate ao crime organizado. Com uma articulação meticulosa e um desfecho que desmantelou uma complexa rede criminosa, a justiça reforça a mensagem de que o estado está atento e reativo às atividades ilícitas que ameaçam a segurança e a ordem pública.