Juros cobrados do consumidor, como no cartão de crédito e no cheque especial, voltam a cair

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Juros cobrados do consumidor fecham o mês de maio em queda.

Foi a décima primeira redução seguida apurada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, a Anefac.

A baixa atingiu todas as modalidades de crédito pesquisadas: crediário, cheque especial, CDC para o financiamento de automóveis, empréstimos pessoais com bancos e financeiras e cartão de crédito.

O movimento de queda está ligado aos cortes na taxa básica de juros, a Selic, promovidos nos últimos meses pelo Banco Central.

O que incentiva o consumo, já que pegar dinheiro emprestado para trocar de carro, fazer uma viagem ou comprar a casa própria, por exemplo, fica mais fácil.

Isso movimenta a economia, mas pode fazer crescer o risco de inflação e de inadimplência.

Apesar das últimas quedas, a vida de quem precisa de crédito no Brasil ainda é difícil.

Primeiro porque a taxa de juros média para quem pega dinheiro emprestado está em 115 por cento ao ano, ou seja, é bastante alta.

Segundo porque os cortes da Selic devem perder força ou até serem interrompidos, por exemplo, após a inflação acelerar e o surgimento de dúvidas sobre a capacidade do governo de manter as contas em ordem, o que afasta os investidores.

O Comitê de Política Monetária, o Copom, do Banco Central, se reúne na semana que vem para debater se baixa ou não os juros mais uma vez.