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Justiça quer indenização para mulheres por falta de tratamento igualitário no rompimento da barragem de Mariana

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Ação contra a Samarco pede indenização de mais de três milhões de reais por prejuízos às mulheres.

A mineradora e as duas acionistas dela teriam causado danos às mulheres que foram atingidas pelo rompimento da barragem na cidade de Mariana, Minas Gerais, em 2015.

O processo reparatório foi executado pela Fundação Renova.

A avalanche de rejeitos causou a morte de 19 pessoas e teve impacto em vários municípios mineiros e capixabas ao longo do Rio Doce.

A ação é assinada por seis instituições da Justiça: Ministério Público Federal, os MPs de Minas e do Espírito Santo, a Defensoria Pública da União e as Defensorias dos dois estados.

Juntas, defendem um processo reparatório pelas três mineradoras porque há evidências de tratamento diferenciado conforme o gênero e que os direitos das vítimas foram violados.

E isso ocorreu tanto na fase do cadastramento das vítimas quanto na implementação das medidas.

Segundo as instituições, apesar de no cadastro dos atingidos haver uma quantidade semelhante de homens e mulheres, elas representaram apenas 39% das vítimas.

E, ainda, somente 34% das vítimas do sexo feminino foram listadas pela Fundação Renova como responsáveis economicamente pelo lar.

A indenização é por danos morais coletivos no valor de três milhões e 600 mil reais. Além dos danos coletivos as instituições querem valores para indenização individual.

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