O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu dissolver o gabinete de guerra, criado dias depois da chacina promovida pelo grupo extremista Hamas em território israelense. O gabinete se tornou uma espécie de concessão em nome da coalizão de opositores e situacionistas contra Hamas e Hezbollah.
O presidente do partido Unidade Nacional, o moderado Benny Gantz, aceitou se unir à coligação proposta por Netanyahu se integrasse o tal gabinete, que tinha três membros principais. Gantz era um deles, mas abandonou a iniciativa na semana passada e levou com ele Gadi Eisenkot, observador do grupo.
Para o jornal Times of Israel, o escritório do primeiro-ministro explicou que, como não existe mais a coalizão de emergência, também não é mais necessário o gabinete de guerra.
A pressão da extrema direita sobre Netanyahu também serviu para a dissolução, particularmente a pressão feita constantemente pelo ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, de extrema direita, para entrar no fórum.
A partir de agora, Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, vão realizar consultas com outras autoridades para tomar decisões em relação à guerra. E, ao que tudo indica, vão excluir também Ben Gvir de qualquer tipo de debate.