Brasileiros estão respirando ar com níveis de poluição superiores ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
É o que apontam os registros do “Painel Vigiar”, uma plataforma de monitoramento da poluição atmosférica mantida pelo Ministério da Saúde em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.
De acordo como painel, a média anual de material particulado fino no Brasil em 2023 foi de 9,9 microgramas por metro cúbico (µg/m³), quase o dobro do limite tido como aceitável pela OMS, que é de até de 5 µg/m³.
O material particulado fino, também conhecido como MP2.5 é um poluente que entra facilmente nas vias respiratórias e está associado a problemas como asma, pneumonia e até câncer de pulmão.
Análise por região mostra que há localidades com níveis maiores que o aceitável em todas as regiões do país.
O ranking dos 10 municípios que apresentaram as maiores concentrações médias anuais de MP2.5 é dominado por cidades paulistas, sendo a maioria parte da região metropolitana de São Paulo, como Caieiras, Cajamar, Francisco Morato e Franco da Rocha, com alarmantes 39 µg/m³.
No estado de SP, o índice médico ficou em 14,6 µg/m³ e, na capital paulista, foi de 36,5 µg/m³.
Mas é a região Norte que tem as piores condições, com uma média de 15,1 µg/m³, sendo Amazonas e Rondônia os destaques negativos.
A região Sudeste é a segunda mais poluída, com índice na casa dos 11 µg/m³. Já o Nordeste é a região com o menor índice de poluição do ar: pouco mais de 8 µg/m.
No Sul, a média de MP2,5 no ano passado foi de 9,1 µg/m³, enquanto no Centro-Oeste, a média é de 9,8 µg/m³.