Mais de 150 mil bebês foram internados no Brasil, no ano passado, por problemas respiratórios.
De acordo com levantamento do Observatório de Saúde na Infância, iniciativa da Fiocruz e da Faculdade de Medicina de Petrópolis, 153 mil crianças menores de uma no precisaram ser internadas para tratar pneumonia, bronquite e bronquiolite em unidades do Sistema Único de Saúde em 2023.
O total é recorde e representa alta de 24% em relação a 2022.
Na média, foram 419 internações por dia.
Ao todo, o SUS aplicou R$ 154 milhões no tratamento dos bebês internados, valor que supera em mais de R$ 50 milhões o total gasto em 2019, ano pré-pandemia.
As regiões que apresentaram as maiores taxas de internação no ano passado foram Sul e Centro-Oeste.
Frio intenso e clima seco, segundo a Fiocruz, são os principais fatores que contribuem para deixar o sistema respiratório das crianças mais vulnerável.
Além disso, os pesquisadores consideram que a queda da cobertura vacinação contra doenças respiratórias, possivelmente devido à pandemia de covid-19, e as condições climáticas extremas podem ter contribuído para a vulnerabilidade dos bebês a infecções respiratórias graves.