Inflação desacelerou para todas as faixas de renda em junho, mas o maior alívio foi para os mais ricos

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A inflação em junho desacelerou para todas as faixas de renda, mas o maior alívio foi sentido pelos mais ricos.

De acordo com o Indicador de Inflação por Faixa de Renda, do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, as famílias de renda alta foram afetadas por uma inflação 0,04% em junho, índice bem menor aos 0,46% de maio

O alívio veio principalmente pela queda das tarifas aéreas e dos transportes por aplicativo.

Já para as famílias de renda muito baixa, a inflação passou de 0,48% em abril para 0,29% em maio e junho. Uma desaceleração menor.

Além de não serem beneficiadas pela deflação das passagens aéreas, produto que, de modo geral, não consomem, elas foram impactadas, em maior intensidade, pelo aumento dos preços dos alimentos no domicílio.

No entanto, considerando inflação acumulada nos últimos 12 meses, ou seja, entre julho do ano passado e junho desse ano, , as famílias de renda muito baixa registram a menor taxa de inflação: 3,66%, contra alta do custo de vida de 4,55% registrada na classe de renda média-alta e de 4,79% para os de renda alta.

Para o estudo do Ipea, a população é dividida em 6 faixas de renda. Além das 3 já citadas, há ainda as faixas de renda baixa, média-baixa e média.

Ainda de acordo com o Ipea, os dados acumulados em doze meses revelam que, embora em graus diferentes entre as seis faixas, as maiores pressões inflacionárias vem dos grupos alimentação, transportes e saúde e cuidados pessoais.

No caso dos alimentos, especificamente, os preços das carnes, aves e ovos caíram no período, mas os aumentos dos cereais, dos tubérculos, das frutas e das hortaliças puxam a inflação para cima.