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Inflação em julho atingiu de modo menos intenso as famílias mais pobres

A inflação em julho desacelerou para as famílias de renda baixa e muito baixa, mas registrou alta mais intensa entre as demais classes, na comparação com junho.

É o que revela um estudo realizado pelo Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

No sétimo mês do ano, a inflação oficial do país, apurada pelo IBGE, avançou 0,38%.

Todos os meses, no entanto, o Ipea divide a população em 6 faixas de renda e analisa como a variação dos preços afetou cada uma delas.

E, segundo o Instituto, a taxa para as famílias de renda alta, que são aquelas com rendimento mensal superior a R$ 21.059, foi 0,80% no mês passado – a mais alta entre todas as faixas.

As principais pressões para a alta vieram dos reajustes dos combustíveis, do seguro veicular e das passagens aéreas.

Já as famílias de renda muito baixa, com rendimentos inferiores a R$ 2.105,99, tiveram a menor variação da inflação na passagem de junho para julho:  0,09%.

Para as famílias de renda baixa, o segundo grupo com menor rendimento mensal, a inflação foi de 0,18%

A principal explicação para a variação menor para as famílias mais pobres foi a queda nos preços do grupo “alimentos e bebidas”; houve recuos em 10 dos 16 segmentos que formam esse conjunto de produtos, grupo que tem peso importante no orçamento das famílias mais pobres

As deflações registradas em itens como cereais, tubérculos, frutas, aves e ovos e leites e derivados, entre outros, foram os responsáveis pelo alívio inflacionário.

O que impediu uma inflação ainda menor para essas famílias foram os reajustes no preço da energia elétrica e do gás de botijão.

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