A venda de bilhetes aéreos com destino ou partida do aeroporto internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, foi retomada nesta sexta-feira (9), após autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A partir de 21 de outubro, o aeroporto voltará a receber voos comerciais. O local foi inundado em maio deste ano, devido aos fortes temporais que atingiram o Rio Grande do Sul no fim de abril e em maio e provocaram a situação de calamidade. À época, a pista do aeroporto de Porto Alegre ficou submersa por 23 dias.
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De acordo com a concessionária do aeroporto, a Fraport Brasil – Porto Alegre, a previsão é que o aeroporto possa operar em 100% da sua capacidade a partir de 16 de dezembro.
Nesta quinta-feira (8), o Ministério de Portos e Aeroportos e a Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul) anunciaram que a retomada dos voos diários se dará de forma gradual, com 128 pousos e decolagens por dia, o equivalente a 896 voos semanais e mais de 3,8 mil voos por mês.
Os voos serão operados das 8h às 22h. A distribuição dos slots aeroportuários (faixa horária de chegadas e partidas) para as empresas aéreas será realizada pela agência reguladora e servirá para indicar quantos voos cada empresa aérea poderá realizar inicialmente. Antes do fechamento temporário, em 3 de maio, o aeroporto de Porto Alegre recebia voos de seis diferentes empresas no mercado doméstico.
Histórico
Depois da suspensão das operações do Salgado Filho, a Base Aérea de Canoas, a 15 km de Porto Alegre, começou a receber voos comerciais remanejados do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O check-in, despacho de bagagem e embarque foram feitos a partir de um terminal provisório montado em um shopping de Canoas, que cedeu espaço à concessionária até 15 de julho, quando o aeroporto em Porto Alegre reabriu parcialmente somente paras embarques e desembarques que estavam suspensos.
Em meados de junho, o terminal de cargas do aeroporto de Porto Alegre voltou a operar somente para o recebimento e retirada de mercadorias por transporte rodoviário, porém, sem o restabelecimento do transporte aéreo de cargas.
Após as águas baixarem, a concessionária realizou a limpeza e avaliação de danos. Além da pista de pouso e decolagem, pistas de táxi aéreo e pátio de aeronaves estão incluídos no processo de reabilitação do aeroporto.
Obras
Posteriormente à limpeza, a Fraport deu início às obras necessárias para a plena retomada das operações do aeroporto.
Atualmente, as obras estão na segunda fase, prevista para encerrar em outubro, com a recuperação das áreas necessárias para a retomada da operação de pouso e decolagem afetadas.
A fase 3 de recuperação terá início também em outubro, nas áreas em que não houver movimentação de aeronaves para não interferir na operação de pousos e decolagens do aeroporto.
Nesta última etapa, também será feita a fresagem do pavimento, que é a etapa de remoção do asfalto anterior para preparar o local para o novo revestimento até dezembro.
A concessionária estima que os 3,2 quilômetros (km) de pista deverão estar completamente recuperados em 16 de dezembro, além do pátio e das áreas de taxiways (faixa de pista em que a aeronave pode taxiar com destino a um terminal, hangar ou pista para decolar).