A Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo divulgou números que indicam que, apesar do momento de crescimento econômico no Brasil, as famílias estão mais cautelosas sobre seu consumo. O índice de Intenção de Consumo das Famílias caiu 0,3% em
setembro.
A queda foi mais acentuada em famílias de maior renda, com ganhos acima de dez salários-mínimos. Nesse recorte, a retração foi de 0,8%. Apesar do tropeço, o indicador ficou em 103,1 pontos. Portanto, ainda acima do nível de satisfação. A situação do ICF estava melhor em março, quando o índice chegou a 104,1 pontos.
A economia cresce, mas ainda há recuperação a ser realizada, quando se observa a questão das dívidas. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, que também é lançada pela CNC, indica que mais famílias encontram-se incapazes de pagar suas dívidas.
O cenário é afetado pela avaliação de perspectiva profissional, que está em queda de 0,4%, e pelo menor acesso ao crédito, que recuou 1,3%. Com o aumento da taxa básica de juros pelo Banco Central, há ainda mais obstáculos para manejar as finanças.