Ação conjunta desmantela rede de Contrabando de Cigarros

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Na manhã desta quarta-feira (16/10), uma grande operação policial, denominada Operação Ressaca, foi deflagrada para combater o contrabando e o comércio ilegal de cigarros, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A ação é fruto de um esforço conjunto das polícias Federal e Rodoviária Federal, além da Receita Federal, com atuação concentrada no Espírito Santo.

Cerca de 90 policiais federais, 10 policiais rodoviários federais e 12 auditores fiscais e analistas tributários se mobilizaram para cumprir quatro mandados de prisão e 21 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juízo da 2ª Vara Federal Criminal de Vitória. O intuito das ações é responsabilizar criminalmente e desarticular uma extensa rede de distribuição nacional de cigarros contrabandeados ou falsificados, com operações em diversos estados do país.

A medida judicial também provocou a descapitalização dos integrantes do grupo criminoso, incluindo a apreensão e o sequestro de bens. As buscas foram realizadas principalmente em localidades como Vila Velha, Cariacica e Ecoporanga, além das cidades mineiras de Belo Horizonte, Lagoa Santa, Cássia e Coronel Fabriciano, e na paulista Getulina. As equipes policiais investigaram residências, galpões, depósitos e escritórios associados aos responsáveis pela importação, fabricação, distribuição e comercialização ilegal de cigarros.

As investigações anteriores da Polícia Federal indicaram que este grupo teria ligação com uma fábrica clandestina de cigarros revelada em agosto de 2023 na Serra (ES). Naquela ocasião, foram apreendidos máquinas de produção de cigarros, insumos variados, e mais de 4 mil caixas de cigarros prontas para venda.

Até o momento da operação desta quarta-feira, foram efetuadas quatro prisões preventivas, duas prisões em flagrante, e 21 buscas que resultaram na apreensão de mais de R$ 5 milhões em espécie, distribuídos entre reais, dólares e euros. Os investigados enfrentarão graves acusações, como associação criminosa, contrabando de cigarros, lavagem de dinheiro e posse ilegal de arma de fogo, com penas que podem somar até 22 anos de reclusão.

A situação preocupante sobre o contrabando de cigarros no Brasil foi destacada na reportagem especial “Rota da Fumaça”, que revelou como organizações criminosas conseguem burlar as barreiras e inundar o mercado nacional com produtos de péssima qualidade, colocando em risco a saúde dos consumidores. A investigação também trouxe à luz a rotina escravagista imposta por fábricas clandestinas e os processos de falsificação dos cigarros que alimentam esse comércio ilegal.