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Justiça acolhe denúncia contra pecuarista, engenheiro, piloto e empresa por desmate químico de 81 mil hectares no Pantanal de MT

De acordo com o documento, o MPMT pediu a reparação dos danos no valor de R$ 2.310.554.238,05.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) acolheu, nesta quarta-feira (30), a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado (MPMT) contra o pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, o engenheiro agrônomo Alberto Borges Lemos, o piloto da aeronave, Nilson Costa Vilela e a empresa Aeroagrícola Asas do Araguaia Ltda pelo desmate químico ilegal de aproximadamente 81 mil hectares de vegetação nativa no Pantanal Mato-grossense, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá.

O juiz Antonio Horácio da Silva Neto, da Vara Especializada do Meio Ambiente, determinou prazo de 10 dias para que os réus apresentem resposta à acusação. De acordo com o documento, o MPMT pediu a reparação dos danos no valor de R$ 2.310.554.238,05.

Claudecy deve responder pelos crimes de:

Já os outros réus vão responder aos crimes, imputados por 16 vezes, previstos na Lei Federal nº 9.605/1998 que trata de sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades que agridem o meio ambiente:

Investigações

Vegetação nativa destruída por agrotóxicos no Pantanal

Desmate químico destruiu 81 mil hectares do Pantanal Mato-grossense — Foto: Polícia Civil
Desmate químico destruiu 81 mil hectares do Pantanal Mato-grossense — Foto: Polícia Civil

Mais de R$ 25 milhões foram gastos para o destmate químico ilegal. Os crimes ambientais ocorreram em imóveis rurais localizados em Barão de Melgaço. Foi apurado que a consumação dos crimes contou com a orientação técnica do engenheiro florestal denunciado e o auxílio da empresa que efetuou a pulverização aérea dos agrotóxicos nos imóveis rurais. Constatou-se ainda que, após a destruição da vegetação nativa, houve o plantio de gramíneas exóticas, conhecidas como “forrageiras”, para instalar e ampliar as atividades agropecuárias desenvolvidas.

Esse foi o maior dano ambiental já registrado no estado, segundo o MP. A área desmatada corresponde ao território da cidade de Campinas, em São Paulo.

Ao final da ação penal, caso sejam condenados, as penas somadas, relativas aos crimes imputados, podem alcançar 412 anos de prisão, informou o MP.

Por g1 MT

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