Polícia prende empresária em Operação Cleópatra por esquema de pirâmide financeira

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Na manhã desta quinta-feira, dia 31, a empresária Taiza Tosatt Eleoterio da Silva, de 28 anos, foi detida ao desembarcar no Aeroporto de Sinop, localizado a 500 km de Cuiabá. A prisão ocorre no âmbito da Operação Cleópatra, uma investigação que apura um elevado esquema de pirâmide financeira responsável por prejuízos que ultrapassam R$ 2,5 milhões a diversas vítimas.

As ações da Delegacia do Consumidor também se estenderam a outros envolvidos, incluindo um médico e um ex-policial federal. Foram cumpridas seis ordens de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva. Bens e valores de empresas foram bloqueados, e as atividades econômicas foram suspensas nos municípios de Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis e Sinop.

Taiza, proprietária da “DT Investimentos”, estava sob investigação por sua suposta atuação em golpes financeiros. Nas redes sociais, ela se apresentava como uma jovem atraente, bem-sucedida e especialista em investimentos, fornecendo uma imagem persuasiva e atraente para atrair novos investidores.

A prisão ocorreu no retorno de uma viagem ao nordeste brasileiro. Segundo informações da polícia, a empresária utilizava promessas de devolução de lucros variando entre 2% e 6% ao dia para convencer suas vítimas a investirem valores exorbitantes, superando R$ 100 mil em investimentos inicialmente. Os primeiros meses pareceram promissores para os investidores, mas a realidade se mostrou cruel quando os pagamentos cessaram, deixando investidores no escuro e sem respostas.

Entre os outros investigados, o ex-policial federal, ex-marido de Taiza, atuava como gestor da empresa, enquanto um médico exercia o cargo de diretor administrativo, formando uma quadrilha que devastou as finanças de muitas famílias, incluindo amigos e familiares dos próprios investigados.

Com base nas evidências coletadas, o delegado Rogério Ferreira solicitou as ordens judiciais, que foram aprovadas pela Justiça e executadas nesta manhã. Durante as infiltrações, uma caminhonete Ford Ranger e uma série de documentos relevantes foram apreendidos e agora serão analisados para dar seguimento às investigações.

O delegado Ferreira ressaltou que, até o momento, os prejuízos acumulados atingem R$ 2,5 milhões, mas há indícios de que esse valor pode ser ainda maior, uma vez que outras vítimas podem não ter registrado boletins de ocorrência.

A nomeação da operação, “Cleópatra”, simboliza a figura central do esquema, que conseguiu atrair e influenciar pessoas por meio de beleza, riqueza e habilidades de comunicação, em um paralelo à famosa rainha egípcia. A investigação segue em andamento, e a polícia pede que, caso tenham sido vítimas, novas pessoas se apresentem para que os danos sejam apurados.