O Sicredi, instituição financeira cooperativa presente em todo país, realizou no dia 15/10 a terceira edição do seu Summit Nacional de Governança. O evento reuniu conselheiros de administração e fiscais, diretores executivos das 104 cooperativas, cinco centrais e lideranças para tratar o papel da governança em relação a estratégias de sustentabilidade, bem-estar financeiro, mudanças normativas e processos de sucessão para a perenidade das organizações. Mais de 800 pessoas participaram do encontro, realizado on-line.
Na abertura, o presidente da SicrediPar, Fernando Dall’Agnese, valorizou o reconhecimento do Sicredi como a melhor empresa para trabalhar no Brasil, conforme o ranking do Great Place To Work® (GPTW) 2024, e os esforços para fortalecer o posicionamento da instituição como uma sociedade de pessoas. Em seguida, a professora de ética, governança e sustentabilidade, Claudia Pitta, destacou que o papel dos conselhos nas instituições evoluiu se tornando guardiões dos interesses de stakeholders e do meio ambiente. “A missão dos conselhos hoje é preservar os valores organizacionais e tomar decisões seguras e sustentáveis. É ser catalisador de propósito e inovação, garantindo que as organizações liderem e inspirem em um mundo em constante transformação. E o Sicredi tem esse posicionamento na sua essência”, afirmou a profissional que também é membro do Conselho Consultivo da Harvard Business Review.
Clairton Walter, superintendente executivo de Assuntos Regulatórios, complementou a temática destacando que, dentre os papéis mais importantes de um conselho de administração, está o de equilibrar a preservação da cultura organizacional com inovação e estratégias de longo prazo. “A meta é que os membros do conselho sigam atuantes e engajados, fazendo as perguntas certas, pois o debate e as decisões compartilhadas nos levarão a atingir os melhores resultados e a pensar além da nossa perspectiva”, afirmou Clairton.
Na sequência, o diretor executivo de Sustentabilidade, Administração e Finanças do Sicredi, Alexandre Barbosa, reafirmou a importância da sustentabilidade para a instituição. Segundo ele, o tema é totalmente integrado à gestão do negócio com foco em ampliar o impacto positivo nas esferas econômica, social e ambiental, ao mesmo tempo em que reduz possíveis efeitos adversos e gera valor para stakeholders. Alexandre explicou que a estratégia de sustentabilidade do Sicredi está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e tem como prioridade ações direcionadas ao desenvolvimento local, bem-estar financeiro, resiliência climática, governança e cultura. Barbosa lembrou ainda que, para 2025, um dos temas principais da agenda é bem-estar financeiro dos mais de 8 milhões de associados e da sociedade em geral. “Nossas cooperativas e Fundação Sicredi estão à frente de programas voltados para quem precisa de orientação financeira”.
O professor e membro do Conselho de ESG da Fundação Dom Cabral, Carlos Braga, em sua fala ressaltou que a excelência nas práticas de governança são a alavanca para uma estratégia eficaz de sustentabilidade e destacou que a inovação é fundamental em termos de ESG.
Em sua participação, o diretor presidente do Banco Cooperativo Sicredi, César Bochi, enfatizou o trabalho conjunto das lideranças e a cultura fomentada nas cooperativas, centrais e Centro Administrativo como grandes diferenciais para a governança e, por consequência, para a sustentabilidade em curto e longo prazo.
Além de histórias inspiradoras, em sua palestra, Bernardinho deu uma aula de motivação sobre carreira, liderança e relação com os liderados. Para ele, é muito importante dedicar tempo aos seus times, buscar o trabalho em equipe e ser humilde. O técnico também destacou que disciplina e resiliência são qualidades fundamentais de um bom líder, e que o sucesso depende de uma equipe forte e comprometida com o coletivo. “A motivação vem de dentro. A inspiração vem de fora”, sintetizou.
Para destacar as melhores práticas e processos de gestão de pessoas e lançar a Política de Sucessão e Guias de Sucessão, o evento contou com a participação de Daniele Schmidt, diretora executiva de Pessoas e Cultura do Sicredi. Ela enfatizou a continuidade de um legado construído com base nos valores cooperativistas e na tradição de mais de 120 anos, marcada pela atuação dedicada de muitos profissionais. Marcus Barboza, diretor executivo de Riscos do Sicredi, abordou o papel dos Conselhos de Administração e Fiscal e da Diretoria quanto ao IFRS9 (International Financial Reporting Standard 9) norma contábil internacional que tem um papel crucial na forma como os ativos financeiros são geridos.
Em linhas gerais, as abordagens tiveram como objetivo proporcionar reflexões sobre os assuntos atuais que envolvem o modelo de governança do Sicredi e alinhar estratégias com o grupo de conselheiros de administração, fiscal e diretores executivos.