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Ministro da Agricultura Italiano, rejeita acordo com Mercosul

O ministro da Agricultura da Itália, Francesco Lollobrigida, expôs em declaração recente que rejeita o atual projeto de acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. De acordo com Lollobrigida, a proposta “na sua forma atual não é aceitável” e é necessário garantir que ambos os blocos agrícolas cumpram as mesmas “obrigações”.

Ele destacou a importância de assegurar que os países do Mercosul estejam alinhados às exigências impostas aos agricultores europeus, especialmente nas questões de direitos trabalhistas e proteção ao meio ambiente. Sua posição se alinha com a crescente preocupação sobre os impactos que um acordo mal estruturado poderia ter na agricultura italiana, um setor já fragilizado pelas crises geopolíticas recentes. “Nosso setor primário não poderia suportar o peso de importações que apresentem custos de produção e preços inferiores”, afirmou Lollobrigida.

Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, demonstrou uma postura mais conciliadora, reconhecendo a complexidade das negociações. “Muitas vezes, detalhes de setores específicos podem bloquear o progresso do acordo como um todo”, comentou em entrevista à CNN Brasil, ainda em outubro. Tajani acredita que é “possível” chegar a um entendimento que beneficie ambas as partes.

Entretanto, as principais entidades que representam o agronegócio italiano, como a Coldiretti, expressaram forte oposição ao acordo nas condições atuais, alertando que sua assinatura poderia ter consequências devastadoras para o setor agroalimentar europeu e, em particular, para o italiano. A situação reflete a tensão contínua entre as nações europeias e sul-americanas em busca de um equilíbrio que respeite tanto os interesses comerciais quanto as demandas sociais e ambientais.

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