Pesquisa mostra que 79,7% do brasileiros dizem que Bet´s trazem prejuizos

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A recente pesquisa realizada pelo instituto MDA e financiada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revela que 79,7% dos brasileiros entrevistados acreditam que as apostas esportivas geram mais prejuízos do que benefícios. Este dado é contraditado por 90,1% dos participantes que se manifestaram contrários à utilização de recursos recebidos do Bolsa Família para apostas em plataformas online. Apenas 7,4% dos entrevistados se mostraram a favor dessa prática.

A pesquisa também indica que 13,5% da população brasileira já se aventurou nas apostas em tais plataformas, enquanto uma expressiva 86,5% nunca o fez. Entre aqueles que apostaram, 57,6% relataram ter perdido mais do que ganharam, 21,4% afirmaram que suas experiências resultaram em empate, e 21% disseram que ganharam mais do que perderam.

Em uma avaliação sobre as implicações do patrocínio de empresas de apostas a clubes de futebol, 65,9% dos entrevistados acreditam que isso pode facilitar a manipulação de resultados. Somente 24,3% discordaram dessa visão.

Nos últimos anos, o tema das apostas se tornou cada vez mais relevante, especialmente devido à expansão das empresas que oferecem esses serviços, conhecidas como bets. Em resposta a essa realidade, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva implementou a regulamentação do setor, a qual se tornou uma potencial fonte de receita para os planos fiscais do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Contudo, a maioria dos participantes da pesquisa manifestou que não enxerga benefícios significativos nesta regulamentação.

Os pontos levantados pelos entrevistados sobre os benefícios da regulamentação incluem:

  • Nenhum benefício: 31,2%;
  • Aumento de arrecadação: 22,3%;
  • Prevenção contra fraudes: 16%;
  • Geração de empregos: 12,3%;
  • Investimento no futebol: 5,3%;
  • Entretenimento mais seguro: 4,5%;
  • Outros benefícios: 0,6%.

Além disso, uma clara maioria de 58,5% dos entrevistados concorda totalmente que o fácil acesso às apostas online contribui para o crescimento de comportamentos de risco, como vícios. Outras 23,5% concordam, enquanto 5,3% se disseram neutros. Apenas 8,2% discordam dessa afirmação e 2,9% discordam totalmente.

A investigação ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança do levantamento é de 95%. As entrevistas foram conduzidas em domicílio.