Coinoculação no Milho: Inovação e Sustentabilidade no Campo

0
13

A utilização de insumos biológicos no agronegócio brasileiro tem se expandido de maneira constante, principalmente pela contribuição positiva que oferecem aos sistemas de cultivo, aliado à redução do impacto ambiental e à promoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. Um exemplo claro dessa evolução é a coinoculação no milho, prática que vem sendo adotada de forma crescente no Brasil, especialmente com a introdução de novos inoculantes microbianos durante a semeadura. Esses insumos visam beneficiar as plantas e melhorar os resultados das lavouras.

Coinoculação: Uma Evolução no Mercado de Insumos

O conceito de coinoculação, inicialmente utilizado na soja, foi expandido para o milho com a introdução de novas gerações de microrganismos. Segundo Kássio Okuyama, engenheiro agrônomo e gerente comercial da Biosphera AgroSolutions, a coinoculação na soja começou com bactérias do gênero Bradyrhizobium e Azospirillum, promovendo a fixação biológica de nitrogênio e o crescimento das raízes. Com o tempo, novos microrganismos, com mecanismos diferenciados, passaram a ser utilizados, permitindo a adoção dessa prática também em outras culturas, como o milho.

Embora, por muitos anos, o Azospirillum tenha sido o principal inoculante utilizado no milho, hoje há biossoluções modernas, que combinam microrganismos com novas ações benéficas, disponíveis para as lavouras de cereal.

Tipos de Coinoculação no Milho

Okuyama explica que a coinoculação pode ser realizada de diferentes formas, a depender dos objetivos do produtor. A seguir, são detalhados os tipos dessa operação:

  • Primeira Geração – Combina microrganismos com funções complementares, como a produção de fitormônios, a solubilização de nutrientes e a produção de sideróforos. Exemplos incluem Azospirillum brasilense e Pseudomonas fluorescens.
  • Evolução em Milho – A coinoculação no milho evoluiu para combinar novos microrganismos com ações adicionais, como a capacidade de aumentar a tolerância das plantas a condições adversas (como restrição hídrica) e a interação mais eficiente com as plantas e o solo. Destacam-se as bactérias do gênero Bacillus, como B. aryabhattai e B. licheniformis.
  • Consórcios Microbianos – A utilização de combinações de microrganismos busca simular o funcionamento de ecossistemas naturais, em que a biodiversidade microbiana interage para manter o equilíbrio e promover o bom funcionamento da rizosfera. A expectativa é que esses consórcios atuem de maneira sinérgica, maximizando os benefícios para as plantas e favorecendo o pleno potencial genético da cultura.
Biossoluções no Campo

A Biosphera, empresa pioneira no desenvolvimento de soluções biológicas, oferece ao mercado o BioStart, um produto que combina estirpes de Azospirillum brasilense e Pseudomonas fluorescens em uma única formulação, indicado para a coinoculação no milho. Além disso, a empresa disponibiliza o BioAction PRO, um consórcio exclusivo com B. aryabhattai e B. licheniformis, que contribui para reduzir os efeitos do estresse ambiental nas plantas.

Esses produtos se destacam pela multifuncionalidade e eficiência, comprovando a eficácia das biossoluções para a agricultura moderna.

Resultados Positivos no Campo

Fundamentada em pesquisas de ponta, a Biosphera tem se dedicado ao lançamento de novas tecnologias, como combinações de microrganismos multimecanismos, sempre visando a inovação. André Nakatani, doutor em microbiologia agrícola e gerente de PD&I da empresa, relatou que, pelo segundo ano consecutivo, observou-se um aumento na produtividade do milho de segunda safra. O incremento foi de 9,3 sacas por hectare com o uso conjunto dos produtos BioStart e BioAction PRO, que, ao utilizarem cinco diferentes tipos de bactérias e cepas, demonstraram uma eficácia ainda mais significativa em áreas que enfrentaram condições climáticas adversas.

Com o contínuo avanço das biossoluções, o Brasil se posiciona na vanguarda da inovação agrícola, trazendo não apenas aumento de produtividade, mas também maior sustentabilidade e menos impacto ambiental.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio