A época de colheita é marcada por máquinas em pleno funcionamento, exigindo máxima eficiência. Nesse contexto, a manutenção preventiva e a escolha correta das peças de reposição são fundamentais para evitar falhas que comprometam o desempenho e a produtividade. Contudo, a tentação de optar por componentes não originais, frequentemente mais baratos, pode se transformar em um risco significativo para a saúde financeira da atividade agrícola.
Riscos das Peças Paralelas
As peças paralelas, fabricadas fora dos padrões estabelecidos pelos fabricantes originais, apresentam qualidade e durabilidade inferiores. Embora atrativas pelo custo inicial reduzido, essas peças podem causar falhas mecânicas, aumentar os custos de manutenção e reduzir a produtividade. Segundo Leonardo Barato, engenheiro agrônomo e especialista em marketing de produtos da Piccin Equipamentos, “essas peças aparentam ser vantajosas, mas frequentemente resultam em quebras que demandam reparos custosos e causam perdas operacionais.”
Além de problemas como encaixe inadequado e funcionamento deficiente, o uso de peças paralelas pode sobrecarregar motores e sistemas hidráulicos, acelerando o desgaste de outros componentes. Máquinas que demandam precisão, como plantadeiras e pulverizadores, também sofrem com esses componentes, comprometendo a distribuição de sementes ou defensivos e afetando a qualidade e o volume final da produção.
Consequências para a Operação e Custos
Os impactos vão além das falhas mecânicas. Equipamentos que operam com peças paralelas consomem mais combustível para compensar a perda de eficiência, elevando os custos operacionais. Além disso, a durabilidade reduzida dessas peças implica maior frequência de reparos, interrompendo operações nos momentos mais críticos, como o plantio e a colheita. “Cada hora perdida em períodos de alta demanda interfere diretamente nos resultados da safra”, reforça Barato.
Outra consequência relevante é a perda da garantia dos equipamentos. Muitos fabricantes estipulam que o uso de peças não originais invalida a cobertura, tornando o agricultor responsável por qualquer reparo. “Uma escolha equivocada pode resultar em maior pressão financeira, ao anular garantias e ampliar os custos com manutenção corretiva”, alerta o especialista.
Avaliação de Custo-Benefício
Embora as peças paralelas possam parecer uma solução econômica no curto prazo, é essencial considerar os custos de longo prazo. O impacto na eficiência operacional, no consumo de combustível e na durabilidade do equipamento pode tornar essa economia inicial uma escolha dispendiosa.
Leonardo Barato enfatiza a importância de priorizar peças originais: “A decisão deve ir além do preço. É crucial avaliar a segurança, a eficiência e a garantia oferecida pelos componentes originais, que são projetados para maximizar a vida útil e o desempenho dos equipamentos.”
Ao evitar as armadilhas das peças paralelas, os agricultores garantem maior confiabilidade nos equipamentos, maior produtividade e, sobretudo, a sustentabilidade econômica de suas atividades.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio