O Brasil se prepara para um dos verões mais intensos de sua história, com previsões meteorológicas indicando altas temperaturas, especialmente devido ao fenômeno La Niña. Esse cenário pode gerar uma combinação de estiagem e chuvas intensas, afetando diretamente a produtividade agrícola, com destaque para a soja, que poderá enfrentar estresse abiótico, prejudicando tanto a quantidade quanto a qualidade da produção.
O estresse abiótico é causado por alterações nas condições climáticas, como variações de temperatura, que resultam em carências nutricionais e comprometem a produtividade das plantas. “Essas mudanças afetam as funções fisiológicas da soja, impedindo que ela atinja seu potencial genético. A falta de água, por exemplo, pode levar a perdas de rendimento de 10% a 40%, dependendo da região e da intensidade do fenômeno”, explica Bernardo Borges, gerente técnico da BRQ Brasilquímica.
Esse estresse altera o metabolismo das plantas, podendo, em casos extremos, prejudicar o crescimento e até causar a morte das plantas devido à sobrecarga metabólica. Borges alerta que a prolongação do estresse pode resultar em danos irreversíveis às culturas.
Práticas de Manejo para Mitigar os Efeitos Climáticos
Para minimizar os impactos do estresse abiótico, o especialista enfatiza a importância de práticas de manejo adequadas. O preparo correto do solo, incluindo a calagem e a gessagem, oferece um ambiente favorável ao desenvolvimento das raízes, permitindo que as plantas explorem um maior volume de solo e suportem melhor os períodos de déficit hídrico.
A manutenção de palhada sobre o solo também é essencial. Além de promover a ciclagem de nutrientes e favorecer a infiltração de água, a palhada ajuda a manter a umidade, reduz a compactação, previne a erosão e mantém a temperatura do solo estável, criando condições ideais para a germinação das sementes e o desenvolvimento radicular.
Soluções Tecnológicas para Reduzir o Estresse
O mercado oferece diversas soluções para amenizar os efeitos do estresse nas plantas. Produtos com aminoácidos, por exemplo, podem ser eficazes no combate ao estresse abiótico, atuando em processos morfofisiológicos que auxiliam na recuperação das plantas. A BRQ desenvolveu a linha AminoSpeed®, composta por aminoácidos de cadeia curta, que são rapidamente absorvidos e translocados pelas plantas. Associados a macro e micronutrientes, esses produtos ajudam a aumentar a eficiência das plantas, mitigando os impactos do estresse e elevando a produtividade.
Outro produto desenvolvido pela empresa, o Potencer Hydro, da linha QualyFix, é voltado especificamente para o estresse hídrico. Ele oferece uma resposta eficaz aos desafios climáticos, promovendo plantas mais resistentes e produtivas por meio de bactérias que produzem fitohormônios, como auxina e citocinina. Borges ressalta que a aplicação dessas tecnologias deve seguir as recomendações técnicas para alcançar os melhores resultados possíveis.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio